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Moradores contestam odores de aterro

Moradores em Rates e Laundos promoveram esta terça-feira uma pequena manifestação contra os maus odores oriundos do aterro sanitário instalado na freguesia vizinha de Paradela. O local escolhido para expressar o desagrado foi um terreno próximo da Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos da Resulima, empresa cujo capital é detido em 51 por cento por privados e o restante está dividido pelos municípios de Arcos de Valdevez, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Barcelos.

O equipamento começou a ser construído em 2017 e ficou pronto recentemente, ocupando uma área de 14 hectares dividida em três zonas de operação: uma para tratamento, compactação e embalamento de produtos recicláveis oriundos de ecopontos, outra que peneira o lixo indiferenciado e finalmente a que coloca no aterro os resíduos biodegradáveis produzidos diariamente por mais de 300 mil habitantes dos seis concelhos que integram o sistema.

Entre os presentes neste protesto, a que se juntaram autarcas das freguesias afetadas, coube à moradora Amélia Sá explicar que o principal problema reside nos odores insuportáveis e nos resíduos que por vezes ultrapassaram as fronteiras do aterro e chegaram aos campos agrícolas nas redondezas, afetando a qualidade da produção. Os moradores queixam-se também de algumas dores de cabeça ao longo do dia e do incómodo que o trabalho noturno dos camiões de lixo traz a quem pretende descansar. 

O presidente da Junta de Freguesia de Rates acredita que a principal preocupação reside no depósito de produtos orgânicos numa nave. Apesar das queixas, Paulo João realça que a população não está totalmente contra o aterro, mas sim descontente com a forma como os resíduos que lá chegam são tratados. A Resulima já apresentou uma solução aos afetados, confirma Paulo João, mas ainda nenhuma ação foi tomada contra os odores. Essa foi a razão para ter avançado esta denúncia e mais um alerta à Agência Portuguesa do Ambiente, sendo urgente minimizar o impacto junto da população, defendeu o autarca.

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim fez-se representar na iniciativa pela vereadora Sílvia Costa, responsável pelo pelouro do ambiente no executivo, cujo líder Aires Pereira deve prestar mais esclarecimentos no final de uma reunião a realizar ainda esta terça-feira.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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