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Luísa Costa Gomes vence prémio principal do Correntes d'Escritas

Na Póvoa de Varzim já se vive intensamente a festa dos livros e da literatura. Esta quarta-feira foram conhecidos os vencedores dos prémios da 23ª edição do Correntes d’Escritas - Encontro de Escritores de Expressão Ibérica. A abertura oficial aconteceu no Casino da Póvoa, que é o patrocinador da distinção principal, no valor de 20 mil euros, este ano dedicada à ficção e que foi atribuída à escritora Luísa Costa Gomes com o livro de contos “Afastar-se”, que superou os outros 13 finalistas. O júri foi constituído Carlos Quiroga, Carlos Vaz Marques, Isabel Lucas, Isabel Pires de Lima e a porta-voz Ana Pereirinha, que justificou a escolha com “a coerência na diversidade deste livro de contos, género em que a autora se tem destacado ao longo de 40 anos de vida literária, bem como a constante procura da forma adequada que Luísa Costa Gomes persegue em cada conto”.

A representante do Casino da Póvoa, Susana Saraiva, garantiu que, enquanto houver Correntes, haverá prémio, tendo reiterado o orgulho pela longa parceria existente com um evento tão importante para a cidade.

O vice-presidente da Câmara, Luís Diamantino, apresentou depois os restantes premiados, designadamente o da Papelaria Locus, no valor de mil euros, que distingue jovens escritores. O vencedor foi “Quem nasce para 5 nunca chegará a 10”, da autoria de Maria de Faria Alpalhão Ribeiro de Almeida, de Lisboa, que concorreu com o pseudónimo Joaquim Lopes da Silva. O Prémio Literário Luís Sepúlveda, da Porto Editora, destina-se às escolas e os vencedores foram turmas de São Mamede de Infesta (3ª) e de Armamar (1º e 2º lugares). O Prémio Fundação Dr. Luís Rainha, que versa sobre temas ligados à Póvoa de Varzim, no valor de dois mil euros, foi para Fábio André Sobral Casanova, da freguesia de Beiriz, com o trabalho “Um gato sentado à janela”. O vencedor, com o pseudónimo de A. P. Santos, estava no Salão Nobre do Casino no momento do anúncio e mereceu uma referência elogiosa de Luís Diamantino.

Na cerimónia de abertura não faltaram também as referências, em tom de saudade, ao falecido escritor Luís Sepúlveda, que era presença habitual e foi uma das primeiras vítimas da Covid-19 em 2020, tendo cá estado pela última vez na época em que começou a pandemia. O presidente da autarquia, Aires Pereira, lembrou essa altura difícil vivida há dois anos e não escondeu a satisfação pelo regresso às edições presenciais depois da versão online no ano passado.

Após o anúncio dos prémios e do habitual lançamento da revista Correntes d’Escritas, este ano dedicada ao brasileiro Rubem Fonseca, da parte da tarde decorreu, no Cine-Teatro Garrett, a conferência de abertura com o tema “Para onde vamos? O futuro entre Distopia e Utopia”, sendo convidado o filósofo Viriato Soromenho-Marques.

O Correntes d’ Escritas prolonga-se na Póvoa de Varzim até ao próximo sábado com diversos motivos de interesse em todo o concelho, desde os lançamentos de livros e as mesas tradicionais de debate no Garrett, passando pelas visitas de escritores às escolas e às freguesias, sem esquecer as sessões do curso de formação para professores e as exposições, entre outros motivos de interesse.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

VianaCar

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