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PJ admite que assinatura terá sido forjada

2cv povoaUma perícia concluiu que a assinatura de Angélico Vieira, que se encontra na proposta de compra e venda do BMW envolvido no acidente de que resultou a morte do cantor, foi feita por "tentativa de imitação", informou fonte judicial. A perícia realizada pelo Laboratório Cientifico da Polícia Judiciária foi requerida pela defesa dos pais do cantor, no âmbito do processo cível instaurado pela família de Hélio Filipe, o amigo de Angélico morto no mesmo acidente, que está a decorrer no Tribunal de Aveiro. O documento, a que a agência Lusa teve acesso, recaiu sobre o requerimento de registo automóvel de três veículos e a proposta de compra e venda do referido BMW. "Comparando as assinaturas suspeitas com autógrafos de Angélico Vieira obtiveram-se numerosas diferenças e escassas semelhanças de reduzido valor", diz o relatório da perícia, concluindo ser "muitíssimo provável" que as assinaturas não sejam da autoria do cantor. Os pais de Angélico já afirmaram que o resultado da perícia vem provar que o filho nunca comprou o BMW, tal como defende o stand Impocar, de onde saiu a viatura acidentada. A mãe do cantor chegou a acusar o dono do stand de ter falsificado o documento, um caso que está a ser investigado pelo Ministério Público da Póvoa do Varzim. Apesar do resultado da perícia, o stand Impocar continua a afirmar que o cantor era o proprietário do veículo e realça que nenhuma perícia "vai eximir a responsabilidade cível" da mãe de Angélico, enquanto sua herdeira. Os pais de Hélio Filipe intentaram uma ação no Juízo de Grande Instância Cível de Aveiro, contra a mãe do cantor, que responsabilizam pela morte do seu filho, e reclamam o pagamento de 236 mil euros. A ação visa ainda o Fundo de Garantia Automóvel, o stand Impocar e um antigo proprietário do automóvel. Posteriormente deu entrada no mesmo tribunal uma outra ação de uma jovem que sobreviveu ao acidente, a reclamar uma indemnização de 5,7 milhões de euros aos pais do cantor. O cantor e ator Angélico Vieira morreu no Hospital de Santo António, no Porto, dias após o acidente que ocorreu na A1, em Estarreja, em junho de 2011, provocando também a morte do passageiro Hélio Filipe e ferimentos nas ocupantes Armanda Leite e Hugo Pinto. As autoridades concluíram que a viatura se despistou na sequência do rebentamento de um pneu, na altura em que o veículo seguia a uma velocidade entre 206,81 e 237,30 km/h e realçam que Angélico, assim como o outro passageiro da frente, seguiam com cinto de segurança.

Fonte: agência Lusa

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