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Setor hortícola motiva preocupação na região

Os horticultores da Póvoa de Varzim alegam ter registado perdas superiores a 30 milhões de euros na faturação de 2020 e, segundo a Agência Lusa, pedem agora ao Governo que enquadre o setor no lote dos apoios no âmbito da pandemia de covid-19. A Horpozim, que também abrange agricultores de Vila do Conde e Esposende, calcula que as perdas médias na faturação das explorações rondem os 40%, deixando várias empresas "em risco de sustentabilidade e em grandes dificuldades para manter a capacidade de continuar a produzir". O presidente Manuel Silva deu o próprio exemplo como empresário, referindo que em janeiro deste ano registou uma quebra de 54% na faturação em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os produtores da Horpozim eram os grandes fornecedores de hortícolas em toda a região norte e a procura "caiu abruptamente" desde o início da pandemia da covid-19 devido ao encerramento de cantinas escolares e de empresas ligadas ao turismo e restauração. Muitos empregos no setor podem estar em risco e o dirigente quer mudanças nos moldes de candidatura às linhas de apoio lançadas pelo governo, isto para possibilitar abranger muitas das explorações que são "minifúndios de caráter familiar" e representam "a sobrevivência de muitas famílias". Manuel Silva afirma-se ainda preocupado com a desmotivação que pode estar a instalar-se entre os produtores que "estão descapitalizados e sem capacidade de investimento", podendo o atual “problema empresarial, em breve passar a problema social". A Horpozim tem atualmente 800 associados, mas são perto de duas mil as empresas que têm atividade ligada à horticultura na região, representando cerca de 10 mil pessoas.

VianaCar

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