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Correntes d'Escritas vai lembrar escritor vítima da Covid-19

A edição deste ano do Correntes d'Escritas vai ser especialmente focada na obra e legado de Luís Sepúlveda, escritor que morreu no ano passado, vítima de covid-19, poucos meses depois de ter participado no festival literário. Além da revista do certame ser inteiramente dedicada ao autor chileno, o trabalho de Luís Sepúlveda também servirá de ponto de partida para as mesas de conversa, desta feita em versão 'online', devido à pandemia. O certame terá de realizar-se em formato reduzido (26 e 27 de fevereiro) e com a maioria das atividades através da internet, reunindo 154 participantes, dos quais mais de 100 serão autores de várias geografias da língua portuguesa e espanhola.
A 22ª edição contará, por exemplo com Afonso Cruz, Alex Gozblau, Álvaro Laborinho Lúcio, Catarina Sobral, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, Josep Maria Espirol, Juan Gabriel Vasquez, Lídia Jorge, Manuel Rui, Ondjaki, Onésimo Teotónio Almeida, Pepetela, Rui Zink, Simone Paulino, Valter Hugo Mãe, Maria Flor Pedroso, João Gobern e Carlos Vaz Marque, entre outros.
Após a cerimónia de abertura, através das plataformas digitais e com uma intervenção da ministra da Cultura, Graça Fonseca, a conferência inaugural terá como convidado o escritor Alberto Manguel, nascido na Argentina e ex-diretor da Biblioteca Nacional desse país sul-americano. No primeiro dia do festival será conhecido o vencedor do Prémio Correntes D'Escritas/Casino da Póvoa, ao qual concorreram 70 obras de poesia, que estão a ser avaliados por um júri composto por Daniel Jonas, Inês Pedrosa, José António Gomes, Luís Caetano e Marta Bernardes, que, entretanto, apresentará a lista de finalistas.
Os prémios Correntes D'Escritas/Papelaria Locus e conto Infantil Ilustrado/Porto Editora, este ano, com o confinamento e encerramento das escolas, ficaram adiados para a edição de 2022, mas será atribuído o Prémio Fundação Dr. Luís Rainha, que avalia uma obra literária inédita, cuja temática seja a Póvoa de Varzim.
O evento vai também contemplar outras formas de arte, nomeadamente um documentário de João Cayatte, apresentado no ano passado, realizado a partir de duas emissões festivas, a 10.ª e a 20.ª, e também uma exposição uma exposição de fotografias de Daniel Mordzinski, centrada na amizade e projetos comuns com Luís Sepúlveda. Serão ainda preparadas atividades de leitura de poesia e de contos, com o envolvimento da comunidade e dos autores convidados, e também haverá um projeto especial, denominando "As Penélopes", que irá envolver um grupo de 12 escritoras e 12 bordadeiras da tradicional camisola da poveira, que vão trabalhar em complementaridade, na produção de textos e de camisolas.

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