Rádio Onda Viva

Emissão Online

Rotary alerta para a importância do equilíbrio emocional

O Rotary Club da Póvoa de Varzim decidiu promover uma reunião sobre o tema “(DES)Equilíbrios Emocionais: para onde vamos?”. O evento da entidade liderada por Teresa Castro Lopes contou com a participação de Andrea Silva, vereadora da Coesão Social, e de Ana Paula Costa, psicóloga da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. A reunião enquadrou-se no programa do calendário rotário, sendo o tema deste mês de fevereiro a “Paz e Prevenção/Resolução de conflitos”. Refira-se que contribuir para a paz é um dos pontos fortes do Rotary, cujos responsáveis destacam a capacidade de mobilizar comunidades, superando todas as divisões nacionais, étnicas, religiosas e políticas, unindo as pessoas com o objetivo de ajudar o próximo.

Testemunhos

A Presidente do Rotary Club, Teresa Castro Lopes, lembrou que vivemos um tempo de tensões à flor da pele pois o país e as pessoas estão assustadas com a pandemia. As notícias que nos chegam são pouco animadoras, com o desemprego e as associações de solidariedade social e juntas de freguesia aflitas com os pedidos de ajuda, estando muitos pais e avós “sozinhos”, com sorte a precisar talvez de um telefonema, uma videochamada, um olhar da varanda! Os dramas atuais da pandemia precisam de contar com a nossa presença, não nos podemos alhear perante as dificuldades dos outros. Somos todos obrigados a perceber a necessidade do justo equilíbrio entre a proteção e o acompanhamento possível das pessoas, que vivem em lares ou na solidão das casas, dos doentes, dos vizinhos aflitos, de quem trabalha ao nosso lado, onde a desculpa do contágio não justifica o abandono e a solidão porque esta corrói e mata de forma silenciosa.

Na intervenção de fundo, a vereadora Andrea Silva abordou as novas emoções que aprendemos a conhecer em tempos de pandemia e que vieram alterar a nossa forma de estar no mundo. O equilíbrio emocional passou a ser difícil de superar o desequilíbrio emocional. Gerir emoções como o medo, a incerteza, o isolamento social e familiar e a capacidade de resiliência, num tempo em que os nervos convivem connosco à “flor da pele”, tornou-se num exercício difícil de gerir. A autarca fez um resumo do percurso de onde vínhamos (de um período de plena expansão, tranquilidade e alegria), para o momento em que nos encontramos (medo, incerteza, preocupação com o equilíbrio físico e mental), terminando com uma perspetiva de antecipação do para onde vamos e com uma mensagem de que a única coisa que não podemos é ser indiferentes.

Ana Paula Costa abordou numa perspetiva técnica a realidade vivida e sentida durante estes meses no acompanhamento às famílias mais vulneráveis. A psicóloga do município ao serviço da CPCJ fez uma apresentação sobre as técnicas que se podem utilizar para evitar o conflito ou gerir e resolver o conflito, caso este já esteja instalado, pois os períodos de confinamento levam muitas vezes à partilha dos mesmos espaços por muitos dias e isso naturalmente é potenciador de conflitos.

Clique para solicitar um orçamento

RECOMENDADAS

Login