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Comandante refuta críticas de José Festas

O presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar criticou ontem em conferência de imprensa a postura do comandante da capitania do porto de pesca da Póvoa de Varzim/Vila do Conde por causa do assoreamento da barra que está colocar em perigo, sobremaneira, a segurança dos pescadores. Pode recordar ao pormenor aqui o que disse José Festas, mas, em resumo, para o dirigente associativo existem alturas em que o perigo é tanto que deveriam ser mobilizados, para a entrada da barra, os meios do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) que o comandante da capitania tem sob a sua alçada. José Festas acusou mesmo  Marques Coelho (na imagem) de “neste momento  não estar a agir  como devia”. Mas ouvido pela Rádio Onda Viva, o comandante rebateu as críticas lançadas ontem pelo mestre.  Marques Coelho explica que há uma estratégia montada “desde 2017” – num acordo entre ele, armadores e ISN - para ajudar a comunidade piscatória, mas que não passa pela permanência de uma embarcação salva-vidas em água 24 horas sobre 24 horas. Isso não sucede na Póvoa “nem em qualquer outra capitania”. “Nas situações extremas – quando a barra vai abrir, ao passar de mau para bom tempo, ou no inverso quando vai fechar – temos o cuidado de, em coordenação com a comunidade piscatória, reunirmos um conjunto de embarcações que pretendem entrar e sair, e colocarmos a embarcação salva-vidas na água para dar apoio porque consideramos que é uma situação de risco”.  Por outro lado, “ nunca hesitamos em dar apoio” sempre que a Autoridade é contactada por “uma embarcação cujo mestre “não está confortável com estado do mar para entrar ou sair”. Além disso, a disponibilidade do ISN para auxiliar é contínua. Existe um estado de prontidão permanente (imediata de três elementos no horário de trabalho e, fora do tempo laboral, de 30 a 45 minutos) para  acompanhar as manobras sempre que, de forma justificada, para tal for solicitado. Nas circunstâncias atuais de condicionamento à navegação por causa do excesso de areia, o comandante ressalva que os mestres das embarcações de maior dimensão (calado superior a dois metros) “sabem” que só podem aceder à barra quando  a maré está cheia. A restrição está numa norma cujo cumprimento é obrigatório.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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