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José Festas 'dispara' críticas em várias direções

O perigo na barra do porto de pesca da Póvoa de Varzim, por causa do excesso de areia, levou esta terça-feira o presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, em conferência de imprensa, a disparar críticas em várias direções, apanhando o Governo, as autarquias e a Autoridade Marítima José Festas mostrou as imagens de dois barcos (um com 28 metros e logo depois um com metade do comprimento), que tiveram de enfrentar a entrada em condições muito más, ou seja com pouca profundidade para navegar, colocando em risco os pescadores, sublinhou o dirigente. Há mesmo ocasiões em que a situação é tão perigosa que, no entender de José Festas, deviam ser mobilizados para a entrada da barra os meios do Instituto de Socorros a Náufragos que o comandante da capitania tem sob a sua alçada. O problema de fundo é a falta de uma dragagem que tem de ser ordenada pela Administração Central, mas José Festas não teve sorte quando bateu à porta do Governo. José Festas defende que os governantes deviam ver a situação ao terreno, até porque quando é o tempo das eleições, os políticas em campanha, sabem bem o caminho até à Póvoa. O dirigente associativo não quer também que mais uma vez a intervenção no porto de pesca fique pela rama.

O presidente da associação gostava também de ver um maior empenhamento das câmaras municipais. José Festas reforçou que, no caso da Póvoa, há um interesse acrescido por estar a surgir um segundo pólo da marina que pouco benefício trará se os barcos não conseguirem entrar. O dirigente reconheceu que a Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar está a ser pressionada pelos homens do mar, até por razões financeiras, já que a invernia obrigou muitos barcos a ficar em terra, e, agora, são as más condições da barra a fazer o mesmo. As embarcações maiores conseguem operar a partir de Matosinhos embora com gastos suplementares, mas os da pesca local não podem fazê-lo porque senão são multados. Os pescadores, pela voz de José Festas, exigem que o Governo resolva rapidamente o problema do assoreamento que, como aduziu, não é só na Póvoa, verificando-se também em Caminha, Vila Praia de Âncora, Esposende e Figueira da Foz. Face à inércia demonstrada pela Administração Central, a associação de José Festas lembra que chegou a propor fazer, a metade do preço que o Estado, as dragagens, estando os armadores dispostos a adquirir uma draga que operasse todo o ano.

 As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

 

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