"Garrett foi uma epopeia com final feliz"
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em segunda-feira, 16 junho 2014 09:50
- Escrito por: Vítor Agra
Muitos anos e 5 milhões de euros depois o Cine-Teatro Almeida Garrett está reaberto ao público e às várias artes na Póvoa de Varzim. Aires Pereira, que presidiu à cerimónia oficial de inauguração do renovado espaço cuja sala principal alberga quase 500 espetadores, disse que “se calhar esta foi a obra mais difícil que a câmara teve até hoje”. O presidente da Câmara da Póvoa falou mesmo numa “epopeia com final feliz”. Aires Pereira sublinhou que o Garrett é dos poveiros para os poveiros, e reiterou o apoio às várias colectividades da sociedade civil para usarem o cine-teatro que atraía multidões nas últimas décadas do século passado. Num outro registo, Aires Pereira fez uma viagem pessoal no tempo e confessou que, enquanto jovem, teve de ter algum expediente para entrar na sala e ver “O Padrinho”, de Francis Ford Copolla, sem ter idade permitida para tal. Corria o ano de 1973. A cerimónia de inauguração teve pompa e circunstância. Houve descerrar da placa, poesia, discursos e sobretudo muita gente. Centenas de pessoas de nariz no ar, a ver todos os pormenores do edifício. Logo à entrada há um poema cravado na parede, da autoria do escritor e jornalista poveiro José Carlos Vasconcelos, que o recitou, quase em jeito de ode., ao Garrett, e ao “galinheiro” - ou á “piolheira”, diziam outros, referindo-se ao antigo terceiro balcão. À Onda Viva, José Carlos Vasconcelos, que diretor do Jornal de Letras, fez votos de um novo fôlego cultural na Póvoa, com esta “segunda vida” do Garrett. Como se referiu centenas de pessoas compareceram à inauguração. Entre elas estava Conceição Pinto, professora aposentada, que espera que o Garret se abra “a todas as artes em nome da cultura para todos”. Lurdes Rocha,de 73 anos, bem se lembra do velho Garrett. “Vinha toda a família”. Diz que agora virá com os netos. O Cine-Teatro Garrett foi inaugurado este sábado, com uma programação dentro e fora, na rua, que começou de véspera. Rodrigo Leão foi o primeiro músico a pisar o palco, com dois concerto, um no sábado, outro no domingo. Também houve jazz e bossa nova. Mais virá. O edifício, que data do final do século XIX, é desde 1998 propriedade da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, e foi alvo de um profundo processo de recuperação nos últimos anos, graças a um investimento de 5 milhões de euros, que o torna no mais emblemático espaço cultural da cidade.
As declarações podem ser ouvidas clicando na edição local das 12 horas.
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