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Câmara já gastou mais de 50 mil euros com cheias

A Câmara da Póvoa de Varzim já gastou mais de 50 mil euros em reparações dos estragos causados pelas forte chuvadas de meados do mês passado em freguesias como Aguçadoura, que foi flagelada por um descarga de água que inundou campos de cultivo e danificou plantações hortícolas. A revelação do montante em causa foi feita pelo presidente da edilidade, Aires Pereira, numas jornadas agrícolas em Aguçadoura. O presidente da Câmara da Póvoa frisou que essa verba podia ter outro destino, não fosse a falta de cuidado que os proprietários de terrenos confrontantes com linhas de água evidenciam ao não tratarem de efetuar limpezas de manutenção. E Aires Pereira deixou o alerta, aproveitando o facto de estar muita gente da lavoura na plateia, sócios da Horpozim. “Enquanto responsável pelo município, e pela Proteção Civil, não posso permitir que esta situação continue a perdurar”, advertiu, acrescentando que “ninguém tem o direito de prejudicar o vizinho”. Por isso há que atalhar caminho: “vamos retomar e criar as condições de segurança que sempre existiram no que diz respeito ao escoamento das águas e proteção dos vosso bens”. O edil revelou que no decorrer da presente semana técnicos da Agência Português do Ambiente (APA) estarão terreno. Para “sensibilizar os confrontantes de linhas de água no sentido de fazermos duas coisas: reposição dessas mesmas linhas de água tal como existiam no passado, e com a largura marcada em função dos marcos no terreno; e vamos fazer outra coisa: a limpeza e reposição dos leitos tal como sempre existiu”. “Vamos fazê-lo de acordo com aquilo que achamos que deve ser feito. Ouve pessoas que me contactarem que foram afetadas e pediam que avançássemos com processos de contra-ordenação”. Aires prefere o diálogo . Mas deixou claro: “Fiquem sossegados. Porque se não for possível dessa forma, nós temos de repor as condições de segurança nesta zona”. O edil foi, assim, taxativo, sublinhando que “grande parte do que aconteceu deveu-se, e muito, à falta de manutenção da rede primária de escoamento das nossas águas”.

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