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Negócio lucrativo pode ser assumido pela Câmara

CâmaraA intenção da Câmara de administrar diretamente a distribuição “em baixa” de eletricidade no concelho é viável e dá dinheiro, falta só saber quanto. Quem o diz é Luís Ferreira, da Inovest. Esta é uma das primeiras conclusões da empresa à qual a Câmara encomendou um estudo das várias possibilidades para a rede elétrica do concelho. Luís Ferreira, que, ontem, esteve na Assembleia Municipal para apresentar as primeiras conclusões do relatório preliminar, diz que, sendo a Póvoa pioneira, há que descobrir como se faz e que valores estão em causa. Luís Ferreira explica que, pelos dados já recolhidos, é óbvio que se ganha dinheiro, resta agora apurar quanto.Na equação há ainda que ter em conta a existência de fundos comunitários para melhorias na rede, que poderão amortizar o investimento que a autarquia terá que fazer. Para uma primeira fase, a Inovest propôs já que a Câmara compre a sua própria eletricidade para edifícios municipais e iluminação pública a um dos cerca de dez operadores de mercado, dispensando “intermediários” e deixando de pagar pela utilização da sua própria rede. Para uma segunda fase ficará a exploração da rede em si, onde a Câmara comprará a energia e gerirá a distribuição “em baixa”, mas continuará a deixar, pelo menos numa primeira fase, a comercialização final ao consumidor nas mãos das várias empresas já no mercado.Luís Ferreira esclareceu ainda que, apesar do processo que município e EDP continuam a dirimir em tribunal e no qual a EDP reclama da autarquia 12 milhões de euros, nada impede que a exploração da rede, que é pertença do município, avance, já que, insiste, o contrato de concessão com a EDP caducou em 2003. A provar isso mesmo, está o facto de a fórmula de cálculo da renda – paga pela EDP à autarquia - nunca ter sido atualizada, de acordo com a nova legislação, entretanto publicada. Na tarde de hoje iremos dar-lhe conta do que pensam os vários partidos representados na Assembleia Municipal sobre esta questão.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

     

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