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Trabalhadores da Continental exigem aumentos salariais

Os trabalhadores da Continental Mabor, em Famalicão, concentraram-se, ontem, à porta da empresa para reivindicar um aumento salarial intercalar de 40 euros para fazer face ao aumento do custo de vida. Consideram que o aumento de 6% atribuído pela empresa no início do ano é “insuficiente”.

“É um aumento claramente insuficiente, desde logo face aos 7,8% do crescimento do salário mínimo nacional. A nossa reivindicação é que se faça um aumento salarial intercalar, integrando no salário-base os 40 euros que a empresa atribui como prémio mensal para os trabalhadores que cumpram uma série de critérios de assiduidade e produtividade”, afirmou Joaquim Costa, trabalhador da Continental e dirigente do Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE) do Norte.

Em novembro, a empresa propôs um aumento de 6% que foi rejeitado por 70% dos trabalhadores. Juntaram-lhe o “prémio”. Agora, os trabalhadores querem que esses 40 euros sejam integrados no salário base, sem que estejam sujeito a critérios. A Continental disse-lhes que “não havia condições para isso”. Joaquim Costa garante que os lucros da empresa mostram o contrário. Os trabalhadores da gigante dos pneus queixam-se ainda das condições de trabalho e querem que a empresa tome medidas para prevenir o surgimento de doenças profissionais, como tendinites: “Estão sujeitos a movimentos muito repetitivos e a uma grande intensidade da carga de trabalho. Muitos já acusam doenças profissionais”, garante Joaquim Costa. A

fábrica de Famalicão tem cerca de 2.700 trabalhadores diretos, tendo, segundo o SITE, tido em 2022 tido um lucro de 240 milhões de euros, que o sindicato vêm como “mais do que suficiente para o aumento salarial” pedido. A administração da Continental Mabor não se quis pronunciar sobre o caso.

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