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Famílias ficam sem alimentos e voluntários lançam acusações

Famílias ficam sem alimentos e voluntários lançam acusaçõesA delegação de Vila do Conde da Cruz Vermelha Portuguesa suspendeu a distribuição alimentar a famílias carenciadas. O caso é, agora, denunciado por um grupo de 26 voluntários. Guilherme Azevedo é o porta-voz do grupo. Diz que a direção avisou as famílias beneficiárias do serviço por mensagem, enviada para os telemóveis, onde alega apenas “motivos internos” para a suspensão da distribuição de alimentos e não lhes aponta qualquer alternativa. Aos voluntários nem uma palavra para parar com um serviço humanitário que prestava há vários anos. Este, diz Guilherme Azevedo, é apenas o mais recente episódio de um conjunto de situações que têm vindo a entristecer os voluntários que ali prestam serviço. A presidente, acusam, governa sozinha e sem dar explicações a ninguém. Os voluntários dizem estar fartos de tentar alertar a direção nacional da Cruz Vermelha, mas sem sucesso. Guilherme Azevedo diz que a delegação se está a desmembrar e a perder valências e, não tarda nada, torna-se numa mera empresa de transporte de doentes.

Guilherme Azevedo, enfermeiro socorrista na delegação desde 2005 e um dos porta-vozes do grupo, que reúne mais de metade dos voluntários da instituição e que, no final da carta onde denunciam a situação, apela à comunidade que “se junte” e tome medidas para salvar “uma delegação em decadência”.

A Onda Viva tentou ouvir a presidente da delegação, Helena Costa, que se recusou a comentar o caso, remetendo-o para um comunicado da Cruz Vermelha nacional que diz apenas: “Quando alguns voluntários colocam os seus diferendos pessoais acima do prestígio da instituição que servem, alguma correção terá que ser feita. Será este o caminho que seguiremos”.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

     

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