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Indemnização de 200 mil euros "trava" fogo de N.Sra. da Assunção

Este ano não deverá haver fogo de artifício nas festividades em honra se Nossa Senhora da Assunção - de grande devoção entre os pescadores, e não só -  que a Póvoa de Varzim celebra, de 13 a 15 de agosto. Não deve haver fogo tanto na noite de dia 14 como na noite do dia 15. É que a  Real Irmandade da Nossa Senhora da Assunção não dispõe de uma verba de cerca de 15 mil para esse efeito. Tal insuficiência financeira deve-se, por sua vez, ao facto de ter chegado ao fim o contencioso que existia com António Manuel Dantas Teixeira, o proprietário da embarcação “Ângelo & Melanie”, que  foi alvo de um acidente  com fogo 15 de  agosto de 2000.  Os tribunais decidiram o caso com  o pagamento de uma indemnização, imposta com juros, de 200 mil euros, após a interposição de vários recursos.  Antero Rodrigues,  secretário da  Mesa Diretiva da Real Irmandade, ouvido pela Onda Viva, contou que as negociações não foram fáceis. De qualquer modo, chegou ao fim um caso de 16 anos,  que se arrastava pelos tribunais. Sucede que os tais 200 mil euros pagos de indemnização ao armador afetaram sobremaneira a tesouraria da instituição. O  secretário da Mesa Diretiva da entidade ligada à paróquia da Lapa, que organiza as festas da Assunção, sublinhou quão afetada foi a parte lúdica (não há verba para fogo de artifício nem para contratar cantores ou bandas). Antero Rodrigues não esconde que, parcialmente,  estão comprometidas este ano as festividades não religiosas. A não ser que surja uma espécie de um patrocinador, para o fogo das festas. E fica desde já o apelo de Antero Henrique  nesse sentido, por entre agradecimentos, um deles endereçado expressamente à câmara Municipal. E não pode a Câmara da Póvoa dar uma ajuda para que a parte profana das festas não seja atingida? Antero Rodrigues parece não quer sobrecarregar a autarquia liderada por  Aires Pereira. Conhecidas como as festas religiosas mais populares do concelho poveiro, as festividades em honra de Nossa Senhora da Assunção contam com uma legião de devotos na imensa comunidade piscatória residente no  cordão territorial Póvoa de Varzim-Vila do Conde. E atraem milhares de pessoas de fora à cidade. O ponto mais alto acontece na tarde do dia 15, dia da procissão, em frente ao porto de pesca – onde centenas de foguetes são lançados  e os barcos encontram-se engalanados. Essa parte mantém-se no programa.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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