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Paróquia mete Junta de Navais em tribunal (vídeo)

A paróquia de Navais meteu a Junta de Freguesia em tribunal. Reclama a posse do edifício-sede da Junta de Freguesia. O presidente da agora União de Freguesias de Aguçadoura e Navais, Fernando Rosa, diz que o edifício foi construído, há mais de 20 anos, pela Junta com a ajuda do povo da freguesia e foi, desde sempre, partilhado pela junta e pela paróquia. Tudo corria, diz Fernando Rosa, “às mil maravilhas, até à chegada do padre Pedro Amorim” à freguesia. Surpreso com a ação movida pela paróquia, a Junta diz que não poupará esforços para “garantir que nada é retirado ao povo e à freguesia” e lembra que o edifício está registado na conservatória em nome da junta, que pagou sempre todas as despesas de água, luz e manutenção, mesmo enquanto ali funcionou o jardim-de-infância do então criado Centro Social e Paroquial de Navais. Fernando Rosa continua a contar: em 2009, “sorrateiramente” e “às escondidas”, a Fábrica da Igreja do Divino Salvador de Navais, presidida pelo padre Pedro Amorim, tentou registar o edifício em seu nome na conservatória de Terras do Bouro. O registo foi feito, a Junta contestou e, no final de 2015, o tribunal deu razão à Junta. O processo terminou no final de 2015.

Mas eis que, agora, surge novo processo. O argumento é agora que, sendo esta uma união de freguesias com sede em Aguçadoura, a Junta já não precisa do edifício. Fernando Rosa não entende a contestação. Ali funcionam todos os serviços da junta, como sempre, a assembleia de freguesia (que reúne alternadamente nas freguesias) e a catequese. Fernando Rosa garante que, caso a junta ganhe o processo, a ideia não é expulsar ninguém, ao contrário do que quer fazer a paróquia, que já disse que a junta terá que abandonar o edifício até Setembro. O presidente da União de Freguesias frisa que podem caber lá todos e, inclusive, explica que tem um projeto para passar para ali o posto médico, há vários anos instalado num edifício pré-fabricado ali ao lado. Por isso mesmo, já apresentou contestação em tribunal. Fernando Rosa só lamenta que sejam as pessoas de Navais a pagar a fatura de um processo que terá custos elevados em tribunal e que, por causa da contenda, nem a comissão de festas de Santa Luzia esteja a funcionar.

A Rádio Onda Viva tentou ouvir a Fábrica da Igreja e o padre Pedro Amorim, mas ninguém quis prestar quaisquer esclarecimentos.

As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.

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