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Câmara vai pagar segurança para vigiar o Mosteiro que continua sem destino

A população fez a limpeza, as obras exteriores, orçadas em 500 mil euros, foram feitas, mas o Mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde, continua sem destino futuro. Para evitar que o ex-libris da cidade volte a ser abrigo de toxicodependentes e marginais, a Câmara vai pagar seis mil euros até 2017 a uma empresa privada para vigiar o Mosteiro, como explica a presidente, Elisa Ferraz.

Quanto ao futuro, o caso não está fácil. Elisa Ferraz explica que a intenção de instalar ali o Tribunal de Grande Instância Criminal até tem o apoio do juiz presidente da comarca do Porto, mas a verdade é que o fundo comunitário a que Câmara se candidatou para realizar as obras exteriores obriga a que, durante cinco anos, o Mosteiro seja um espaço de atividades culturais. E porque, no extremo, esta decisão poderia obrigar a autarquia a devolver os 500 mil euros, a instalação ali da Grande Instância Criminal – que fruto da falta de condições do tribunal local está provisoriamente em Matosinhos – está, pelo menos durante cinco anos, fora de questão. O prazo termina em 2019.

Até lá, a Câmara está obrigada a organizar ali atividades culturais, mas o problema também é complexo: não há água, nem luz, nem instalações sanitárias, nem qualquer tipo de mobiliário. Elisa Ferraz diz que só será possível abrir pequenos espaços e, por exemplo, organizar visitas guiadas. Mas este, lembra, não é o futuro do Mosteiro e esse exige, agora, que se começa a pensar seriamente no assunto.

Depois de, durante décadas ter sido centro educativo, o Mosteiro esteve abandonado desde 2006 até 2013, com excepção de um pequeno período, em 2009, em que acolheu o tribunal local para permitir as obras no edifício principal. Em 2013, durante dois fins-de-semana, o grupo Unidos ao Mosteiro e a Câmara, organizaram uma grande limpeza e, em 2014, finalmente começaram as obras exteriores, mas, agora, a solução definitiva parece ainda longe.

 

 

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