José Festas revoltado com julgamento de mestre de barco naufragado
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em terça-feira, 10 novembro 2015 09:43
- Escrito por: Ângelo Marques
Um dia depois de ter sido tornada pública a acusação ao mestre do “Jesus dos Navegantes”, José Festas não se conforma com essa “injustiça”. O presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar diz que quem devia estar a ser acusado eram os responsáveis pela obra na barra da Figueira da Foz e os coordenadores do salvamento. Francisco Fortunato (ao centro na foto) está acusado de quatro crimes de homicídio por negligência na sequência do naufrágio do “Jesus dos Navegantes”, que, em Outubro de 2013 causou a morte de quatro pescadores da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. Três dos sobreviventes estiveram em Novembro no programa Praça do Almada da Rádio Onda Viva como registou a foto com o moderador, Octávio Correia e à sua direita José Festas, Francisco Fortunato e os tripulantes João Rajão e Eurico Fangueiro. Pode, aliás, recordar esse programa nesta página ou então na Onda Viva TV (Meo 15 15 30 e internet). Agora, José Festas lembra que, tal como no recente naufrágio do “Olívia Ribau”, também no caso do “Jesus dos Navegantes” só um homem foi no salva-vidas para fazer o socorro. José Festas sublinha que a “Pró-Maior” está a tratar da defesa de Francisco Fortunato e qualifica como uma “injustiça” o facto do mestre, que quase perdeu a vida no acidente, estar agora a ser acusado de crime. Falando mais em particular do Ministério Público (MP), José Festas frisa um primeiro aspeto: não há nenhuma lei que obrigue à utilização de coletes salva-vidas nas embarcações de pesca costeira. O que há, diz, é uma recomendação e daí não se pode retirar um crime. A acusação diz ainda que Francisco Fortunato “agiu de forma descuidada e desajustada” e sem ter em conta as más condições atmosféricas e de mar. O presidente da Pró-Maior contrapõe: a barra estava aberta e, se havia perigo para a navegação, poderia ter sido fechada pelo capitão de porto. E frisa que tudo não passou de um infeliz acidente, lembra que a decisão do MP é “inédita” na pesca e não pode acontecer. O julgamento de Francisco Fortunato começa, no próximo dia 16, no Tribunal de Coimbra.
As declarações podem ser ouvidas na edição local.
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