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A28 tem menos utentes e comissão apela ao fim das portagens

A Infraestruturas de Portugal (IP) diz que, em cinco anos, a ex-SCUT Norte Litoral, a A28, entre Viana do Castelo e o Porto, rendeu apenas 139,5 milhões de euros em portagens. Os dados, ontem revelados à Agência Lusa pela empresa estatal que resulta da fusão da Refer e da Estradas de Portugal, dizem ainda que, em cinco anos, as três antigas Scut do Norte (A28, Grande Porto e Costa de Prata) perderam 10% dos utilizadores. Para o porta-voz das comissões de utentes, os dados da IP confirmam o já esperado: uma forte redução de tráfego naquelas vias e receitas que não justificam os impactos negativos. Está na altura, diz José Rui Ferreira, de rever a medida. As três primeiras SCUT – autoestradas sem custos para o utilizador – renderam 422,3 milhões de euros em cinco anos, mas há que deduzir quase um terço para os custos de sistema de cobranças. José Rui Ferreira diz que o estudo só confirma o que as comissões de utentes sempre disseram: não existem alternativas, o impacto foi apenas para as famílias e para as empresas e os prejuízos ao nível da segurança, da sinistralidade e do ambiente são enormes. O porta-voz das comissões de utentes diz que está na hora de rever a medida e lembra que, em média, cada ex-SCUT rende, anualmente, 30 milhões de euros, bem longe dos mais de 200 milhões de encargos que gera e que, em Outubro de 2010, foram apontados pelo Governo para justificar a introdução de portagens. José Rui Ferreira lembra que, durante a recente campanha eleitoral, os partidos de esquerda manifestaram disponibilidade para reequacionar a medida e diz que o caminho é mesmo esse. O porta-voz das comissões de utentes reafirma ainda que, do ponto de vista económico, social e ambiental, a medida não tem fundamento e os dados da IP só vêm confirmá-lo.

As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.

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