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Produtores de leite avaliam medidas de apoio do Governo

A Associação de Produtores de Leite de Portugal diz que as medidas já anunciadas para o sector do leite são “um passo muito pequeno” e ainda não resolvem os problemas dos produtores. Em conselho de ministros, o Governo aprovou, ontem, um Plano de Ação para o setor do leite que, no imediato, isenta os produtores de leite de contribuições à Segurança Social durante três meses (com possibilidade de vir a ser renovada). De entre os apoios estão ainda a antecipação para Outubro das ajudas da Política Agrícola Comum, campanhas de estímulo ao consumo interno de leite e apoio na procura de novos mercados para exportação de produtos lácteos. A par com estas medidas, está ainda prevista a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros para ajudar o sector. O presidente da Aprolep, Carlos Neves, não está convencido e diz que a linha de crédito é “boa”, mas apenas para os fornecedores. Ontem, uma queijaria nacional anunciou um preço mínimo de 32 cêntimos. Foi mais um “pequeno passo”, diz Carlos Neves, que defende a falta, em Portugal, de um mediador para os contratos do leite. Por agora, os produtores estão concentrados na ensilagem do milho. Em Outubro, serão avaliados os impactos das novas medidas do Governo e as reações da indústria e da distribuição aos protestos dos agricultores um pouco por toda a Europa. Depois, segundo o presidente da Aprolep, serão decididas novas medidas de luta, que espera não tenham que passar pela saída de tratores para a rua.

As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.

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