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Pioram as notícias para os pescadores da sardinha

Está cada vez mais complicada a situação para os pescadores do cerco que se dedicam à captura da sardinha. A Apropesca – Organização de Produtores de Pesca Artesanal está a prever uma antecipação ao final da permissão da captura, até agora estimado para meados de Setembro. O presidente da Apropesca, Carlos Cruz, diz que, para os seus 12 barcos associados da Póvoa e de Vila do Conde, que se dedicam à pesca da sardinha, se tudo correr como o previsto, a quota terminará já no final da próxima semana. Depois, os pescadores podem estar parados durante nove meses. Carlos Cruz lembra as palavras do secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto Abreu, que, no ano passado, aconselhou os pescadores a apostarem na pesca da cavala e do carapau, para dizer que se todos os barcos seguissem o conselho ninguém conseguia pescar o suficiente para sobreviver. Até Maio de 2016, pelo menos no norte do país, ninguém sai para a pesca da sardinha. Carlos Cruz diz que a Direção-geral das Pescas e o Instituto que vem monitorizando o estado dos recursos não apontam para uma diminuição da quota em 2016, mas não há certezas. O presidente da Apropesca diz que, por agora, os apoios do Governo à paragem da pesca da sardinha só estão garantidos até 30 de Novembro, através de verbas do Promar (Programa Operacional do Mar).A partir de 1 de Dezembro, a ideia é utilizar verbas do 2020, o novo Quadro Comunitário de Apoio, mas também aqui não há certezas. Para além dos 12 barcos e cerca de 240 pescadores associados da Apropesca, a paragem da pesca da sardinha, abrange ainda largas centenas de pescadores de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim a trabalhar nos portos de Matosinhos, Peniche, Nazaré, Figueira da Foz e Portimão. No total, em todo o país, são 130 barcos e cerca de 2500 pescadores.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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