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Ex-comandante da GNR de Vila do Conde condenado por favorecer amigos e companhia

Condenado a um ano e dois meses de prisão, com pena  suspensa e ao pagamento  uma multa de 2.520 euros por prestar "favores" a amigos em troca de benefícios. Foi esta a sentença  aplicada pelo tribunal  um ex-comandante da GNR de Vila do Conde. Além do sargento-adjunto, o Tribunal de Matosinhos condenou ontem dois de quatro militares do mesmo posto da GNR envolvidos no processo, um a um ano e seis meses de prisão, suspensa na sua execução, e outro a uma multa de 1.980 euros pela prática dos mesmos crimes. Segundo a acusação, entre 2010 e 2012, o antigo comandante usou os seus poderes e influências para "favorecer os amigos e os amigos dos amigos" e, em troca, recebia vantagens. Entre os "favores" alegadamente prestados, conta-se o favorecimento na realização de vistorias a um café, diligências junto de entidades camarárias para acelerar o processo de emissão de licenças de construção, impedir a fiscalização a um bar de alterne, "perdão" de multas ou ajudar um amigo a ingressar num curso de manuseamento de armas.  Para retribuir os amigos pagavam-lhe jantares, o que foi detetado em escutas telefónicas. Porém,  o tribunal não conseguiu provar todos os factos, condenando-o apenas por dois crimes de recebimento ilícito de vantagens e um de abuso de poder. A juíza  lembrou que o antigo comandante negou sempre os factos durante o julgamento, não mostrando arrependimento, nem autocensura. A atitude do sargento-adjunto, que durante cinco anos comandou o posto da GNR de Vila do Conde, foi caracterizada pela juíza como de "elevado grau de ilicitude" e "dolo intenso", censurando a sua conduta. Dois de quatro militares envolvidos no processo foram absolvidos e os outros condenados por obter "vantagens ilegais" para si, familiares e amigos, através do "uso das suas funções".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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