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Autarquia refuta críticas de ambientalistas sobre obras na ROM

Está instalada a polémica com a obra em curso na ribeira de Silvares, na Reserva Ornitológica de Mindelo. As associações ambientalistas acusam a Câmara de Vila do Conde de estar a destruir a vegetação e os inúmeros charcos, numa “brutal devastação” da ROM. Já a autarquia alega que a obra tem “todos os pareceres favoráveis” e não entende as críticas.

“Amieiros e salgueiros foram cortados, muitos dos que ficaram em pé foram mutilados pela máquina, as margens e leito revolvidos com destruição total da vegetação. Nem as dezenas de árvores e arbustos que tinhamos plantados com muitos voluntários escaparam (...) Foi aberto um canal que drenando os caminhos que sempre alagaram no inverno, conduziu para o mar milhares de girinos, arruinando as posturas desta época”, afirma a Associação Pé Ante Pé, que fez “inúmeros alertas para o erro e irregularidade da obra”.

A Associação dos Amigos de Mindelo para a Defesa do Ambiente aponta o dedo ao “abate indiscriminado de árvores”, ao “descuido na passagem da máquina”, que abriu “verdadeiras avenidas” na ROM, e à mudança do curso de água que destruiu os charcos. “Ao invés de o designarem de ‘Restauro Ecológico’ deveriam denominá-lo de ‘Ecocídeo Ecológico’”, diz a AAMDA, criticando o facto de não ter sido ouvido nem o conselho diretivo, nem o conselho consultivo da ROM (do qual as duas associações farão parte).

Perante estas queixas, o presidente da Câmara de Vila do Conde começou por sublinhar que estão a ser investidos 197 mil euros, numa obra “importantíssima”. Vítor Costa salientou que a ribeira estava a precisar de obras urgentes: tinha desvios do curso, muitos resíduos de obras e até construções ilegais. A empreitada, continuou a contar, obteve todos os pareceres necessários pelas entidades governamentais e que tutelam esta área ambiental. Sendo assim o edil entende que as criticas dos ambientalistas não se justificam, embora as respeite. Vítor Costa explicou ainda que a obra foi aprovada em junho e o conselho diretivo da ROM só tomou posse em dezembro. Só por isso é que o órgão não foi ouvido. Quanto ao Conselho aguarda ainda que todas as entidades nomeiem o seu representante e, por isso, ainda não foi constituído.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

VianaCar

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