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Sem compradores, barcos do norte param pesca da sardinha

A frota do norte da pesca da sardinha já parou, o centro está a 50% e o sul deve parar no final desta semana. Contas feitas Portugal vai ficar a mais de dez mil toneladas de esgotar a quota que tinha disponível. A culpa é da falta de compradores. A sardinha está pequena, muito barata e, muitas vezes, nem assim alguém a quer. Os pescadores estão desanimados.

O presidente da Apropesca – Organização de Produtores de Pesca Artesanal, Carlos Cruz, diz que, ao norte, a safra este ano foi “um balde de água fria”. A sardinha esteve sempre muito pequena e com preços pouco convidativos. Na semana passada, com o preço a não chegar aos 60 cêntimos por quilo (12 euros o cabaz) e barcos a terem que deitar sardinha fora por falta de comprador, os pescadores decidiram parar.

Humberto Jorge, da Anopcerco, a associação que representa a frota do cerco, diz que a sardinha ou é pequena ou vem muito misturada em termos de tamanhos, pelo que nem a indústria conserveira a tem querido. Ainda assim, acredita, o fenómeno está relacionado com a recuperação do recurso e não deverá repetir-se no próximo ano.

O ano passado, Portugal tinha uma quota de 29400 toneladas para pescar. Pescou cerca de 24600. Este ano, a quota é de 37642 toneladas (a maior dos últimos 12 anos). As capturas deverão rondar as 27 mil.

Os pescadores voltam, agora, ao mar a 8 de janeiro, mas para a safra do biqueirão. Sardinha agora só lá para maio.

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