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Auditoria mostra "buraco" de 12 milhões em Vila do Conde

Está pronta a auditoria às contas da Câmara de Vila do Conde. Vítor Costa revelou que os resultados só vieram comprovar o que os serviços municipais já diziam: há um “buraco” financeiro de 12 milhões de euros deixado pelo executivo de Elisa Ferraz. O edil explica que estavam previstas receitas que, de facto, não existiam. O investimento efetivo, entre 2018 e 2021, foi de 40,8 milhões de euros, mas estavam previstos mais 46,7 milhões que nunca saíram do papel. 

O autarca vilacondense explica que, com esta prática, a Câmara realizou despesa sem ter, efetivamente, dinheiro para a pagar. As contas, garante, tiveram que ser pagas pelo atual executivo, que se viu, assim, obrigado a recorrer a um empréstimo – de 3,5 milhões de euros para fazer face a dificuldades de tesouraria, pagar parte das obras do Bairro do Farol e do Centro Comunitário das Caxinas - e a adiar obras, como a requalificação da rede viária ou até empreitadas mais modestas, como a reparação das fontes da praça Luís de Camões e da rotunda do Professor, que só agora estão em curso. 

Depois de quase dois anos de espera e promessas de ir “até às últimas consequências”, afinal, reconhece o edil, a auditoria não detetou nada de ilegal. Apenas “más-práticas”, mas, ainda assim, graves o suficiente para comprometer o futuro de Vila do Conde. Vítor Costa insiste que a auditoria “não teve qualquer intuito persecutório”. O edil diz que apenas quis esclarecer os vilacondenses, evitar que se cometam os mesmos erros e mostrar que “as propaladas contas certas, afinal não eram assim tão certas”. As conclusões da auditoria serão, esta sexta-feira, entregues aos vereadores na reunião do executivo. Elisa Ferraz, até agora, ainda não reagiu...

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

VianaCar

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