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Amnistia papal absolve ex-treinador do Rio Ave acusado de assédio

A Lei da Amnistia, aprovada na sequência da vinda do Papa Francisco a Portugal, terminou com o castigo aplicado ao ex-treinador da equipa de futebol feminino do Rio Ave, Miguel Afonso. O técnico estava castigado com 35 meses de suspensão e uma multa de 5100 euros pelos crimes de assédio sexual e discriminação a jogadoras de futebol da equipa verde e branca.

De acordo com o Jornal de Notícias, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) considerou, agora, que o técnico, de 41 anos, estava abrangido pela lei.

“Delibera o Colégio Arbitral, por maioria: considerar aplicável a Lei n.º 38-A/2023 de 2 de agosto, que estabelece o perdão de penas e amnistia de infrações, ao caso concreto e considerar abrangidas pela amnistia as infrações pelas quais o demandante foi condenado, as quais são declaradas extintas”, lê-se no acórdão divulgado pelo jornal.

Miguel Afonso foi castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pela “prática de cinco infrações disciplinares” muito graves, decorrentes de “comportamentos discriminatórios em função do género e/ou da orientação sexual”, a 3 de novembro de 2022. Recorreu para o TAD. Em julho, o Tribunal Arbitral não reconheceu os argumentos de Miguel Afonso, que alegava nulidade e pedia a reconsideração da pena.

A denuncia partiu das próprias jogadoras do Rio Ave. Os factos reportavam à época de 2020/2021. O técnico terá trocado mensagens íntimas com várias jovens, com idades compreendidas entre os 18 e os 20 anos, do plantel feminino do Rio Ave, uma situação negada por Miguel Afonso, que acabou por sair do clube e rumar a Famalicão, onde estava a treinar a equipa feminina quando foi condenado e, na sequência disso, suspenso pelo clube.

VianaCar

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