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Câmara de V.Conde toma posse de obra que se arrasta sem acabar

Continua a dar muito que falar em Vila do Conde a obra do novo pavilhão das Caxinas. Agora, a Câmara decidiu rescindir o contrato com o empreiteiro – a Atlantivínel - e tomar posse administrativa da obra. O movimento independente Nau diz que os “desentendimentos” só surgiram com o atual executivo e responsabiliza a maioria PS pelos atrasos. Já o presidente, Vítor Costa, diz que esta era a “única forma” de acabar a obra rapidamente. O Centro Comunitário das Caxinas já custou mais de cinco milhões de euros e está em obras há quase quatro anos.

“A entrada em funções do PS, em setembro de 2021, fez com que os desentendimentos com a empresa construtora impedissem o normal funcionamento da obra. Esta entrou em agonia e, hoje, foi abandonada ao seu destino por não entendimento entre as partes, nem qualquer vontade de resolução dos desentendimentos”, afirma, em comunicado, o movimento liderado por Elisa Ferraz, que, em janeiro de 2020, lançou a obra, na altura, orçada em 4,9 milhões de euros.

Na última reunião do executivo, Elisa Ferraz e Pedro Gomes, da Nau, aliaram-se a Pedro Soares (ex-vereador do PSD), para dizer “não” à intenção da maioria PS de rescindir o contrato. Vítor Costa não entende e conta que todos os passos do processo foram à reunião e o sentido de voto da oposição “foi mudando”, “ao sabor de interesses pessoais e não do superior interesse de Vila do Conde”. O autarca socialista explica que, ao longo dos últimos meses, a empresa foi pedindo “valores exorbitantes por obras minimalistas” (trabalhos a mais). Agora, os serviços municipais entenderam que é preciso dizer “basta!” e a maioria acolheu o parecer técnico. “Não nos resta alternativa. Se não tomássemos posse administrativa é que nunca mais teríamos obra”, frisa o presidente da Câmara. Já a Nau diz que, a posse administrativa e o consequente processo em tribunal, só vão prolongar no tempo o diferendo entre as partes e deixar a obra “num total abandono”.

Vítor Costa acredita que, formalizada a posse da obra, serão mais dois meses até tudo estar concluído e o pavilhão poder, finalmente, ser colocado ao serviço da população das Caxinas. Nesta altura falta apenas concluir um muro, fazer as pinturas do piso e alguns acertos da zona de bancadas e áreas técnicas. O Centro Comunitário das Caxinas terá mais de 700 lugares sentados e capacidade para três mil pessoas de pé. Ficará preparado para a prática de várias modalidades desportivas e espetáculos.

VianaCar

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