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Pescador mordido por tubarão ainda está internado, mas estável

Ainda está internado, estável, mas com prognostico reservado, o pescador indonésio de 35 anos que, anteontem, foi mordido por um tubarão-azul, ao largo de Vila do Conde. A Marinha explica que o tubarão foi, inadvertidamente, apanhado no anzol do barco “Vila do Infante” e garante que não há perigo nenhum, já que o tubarão-azul – mais conhecido por “tintureira” – é abundante na costa portuguesa, mas o ataque a seres humanos é “muito, muito raro”.

“Às vezes, acabam por apanhar outras espécies. Umas vezes estão já mortos, outras ainda estão vivos. Este estava vivo e, quando o pescador se aproximou, acabou por lhe morder”, explicou, fonte da Marinha, que coordenou a operação de busca e salvamento do pescador de 35 anos, que acabou helitransportado para terra a fim de ser socorrido.

“O tubarão-azul tem dentes afiados, mas raramente ataca o homem”, frisa a mesma fonte da Marinha. O animal foi capturado nos anzóis do “Vila do Infante” e, quando a linha foi puxada, tentou lutar pela vida e acabou por morder o pescador, provocando-lhe um ferimento profundo que obrigou ao seu socorro imediato. Tudo aconteceu pouco depois das 19 horas de quarta-feira, quando o “Vila do Infante” estava na faina do espadarte, a 167 quilómetros da costa, ao largo de Vila do Conde.

O “Vila do Infante”, registado em Vila Praia de Âncora (Caminha), é um palangreiro com 26 metros de comprimento e 24 anos de idade, pertencente à empresa Baleeiro Pesca, Lda., que tem mais três barcos, todos dedicados à pesca do espadarte.

O pescador indonésio foi transportado ao Hospital de S. João, no Porto, onde está internado em estado considerado grave, mas não corre risco de vida.

As “tintureiras” têm, habitualmente, dois a três metros de comprimento, dentes afiados e longas barbatanas peitorais. Vivem nas zonas profundas do oceano, em águas frias e migram longas distâncias. A espécie está identificada como “quase ameaçada” pela União Internacional para a Conservação da Natureza, mas, quando capturada pelos barcos do espadarte, tem valor comercial e é vendido para consumo.

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