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“Entre os eletrões e o peixe, preferimos o peixe”, diz a DGRM

“Entre os eletrões e o peixe, preferimos o peixe”. As palavras da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimo (DGRM) deixaram, ontem, mais confiante o presidente da Câmara da Póvoa. Em causa está o parque de eólicas offshore. A votação da proposta final da comissão consultiva para a elaboração do Plano de Afetação das Áreas Marítimas para a Exploração de Energias Renováveis (CC-PAER) foi, agora, adiada para o dia 4 de setembro e há o compromisso, explica Aires Pereira, de se acomodarem as propostas apresentadas pelas autarquias.

O edil poveiro, recorde-se, foi a Lisboa em representação dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) com o objetivo de votar contra o PAER, que consideravam feito em cima do joelho, sem estudar os reais impactos e sem acautelar os interesses do setor da pesca. Agora, admite que se as propostas forem acolhidas a AMP pode mudar de opinião.

Aires Pereira diz que gostou da reunião e viu sensibilidade da parte dos organismos do governo para prometer a pesca e, sobretudo, vontade de levar a cabo o projeto com o apoio de todos. 

Desta forma, o autarca “tranquiliza”, agora, o setor. Explica que, em Viana do Castelo, onde há um parque de éolicas offshore se estão a “avançar com um conjunto de experiências que podem vir a conduzir a que nas áreas afetadas possa haver pesca”, algo que constituía “grande parte das preocupações” do setor devido à possível redução de área disponível.

Aires Pereira adiantou ainda que as torres eólicas a instalar no mar no Grande Porto “foram empurradas” para o limite da plataforma continental, algo que “também veio permitir o aumento da área disponível para a atividade piscatória”. A ideia, agora, é que o parecer final “incorpore também exigências para a fase seguinte” do concurso e licenciamento do parque.

O projeto para a criação de um parque de eólicas offshore em Portugal, com 10 gigawatts de potência, delimitou, como áreas de exploração de energias renováveis Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.

O primeiro procedimento concorrencial é a norte e será aberto até ao final do ano.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

VianaCar

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