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10 meses depois, família de Diana ainda não pode fazer o funeral

As autoridades do Luxemburgo estão à procura de um segundo suspeito da morte de Diana Santos. O corpo da emigrante portuguesa, que viveu em Vila do Conde, onde tem ainda os pais e o filho, foi encontrado desmembrado a 19 de setembro do ano passado numa casa abandonada em França. Dez meses depois, a família ainda não conseguiu fazer o funeral. O suspeito foragido, confirmou o Ministério Público ao jornal “Contacto”, é Gibran Banhakeia, o alegado marido de Diana Santos e sobrinho de Saïd Banhakeia, o único detido até ao momento. “Ela ainda é uma pessoa que tem pai, mãe, irmãos e irmãs, filho. E as autoridades não se importam. Não perguntaram se precisávamos de apoio psicológico ou qualquer outra coisa”, criticou o pai da vítima, Horácio Santos, em entrevista ao mesmo jornal luxemburguês.

Diana Santos, recorde-se, terá sido assassinada e desmembrada por ter exigido o dinheiro que lhe foi prometido em troca do casamento com Gibran. A mulher, que estava há vários anos emigrada no Luxemburgo, terá aceite casar com Gibran para que este conseguisse a nacionalidade portuguesa e, assim, pudesse residir no Luxemburgo. Com o matrimónio, iria receber 45 mil euros, mas só lhe pagaram 20 mil. Quando exigiu o valor em falta, acreditam as autoridades, acabou assassinada. O crime terá ocorrido na casa do casal em Diekirch, dois meses após o casamento.

Foi um adolescente quem encontrou, perto da localidade francesa de Mont-Saint-Marin, junto à fronteira com o Luxemburgo, o tronco de um cadáver decapitado com os membros cortados. Diana foi identificada pelas tatuagens. Posteriormente, os testes de ADN confirmaram a identidade da portuguesa. Já em novembro, partes de um corpo foram encontradas numa área de bosque, na cidade alemã de Temmels, junto à fronteira com o Luxemburgo. Veio a confirmar-se que se tratava, mais uma vez, de Diana. Agora, o pai lamenta que ainda não saiba sequer se as autoridades têm o corpo inteiro da filha e que, dez meses depois, continue à espera de poder trazer Diana para Portugal e dar-lhe um funeral digno...

VianaCar

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