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Edil poveiro lamenta desentendimento que atrasa obra em Rates

A Cultura diz que a responsabilidade é das Finanças. As Finanças devolvem, agora, as acusações e dizem que é a Cultura quem tem que propor as obras. Em causa está a Igreja Românica de S. Pedro de Rates. O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, no final da reunião do executivo municipal que decorreu ontem, lamentou a troca “de galhardetes” entre organismos do Estado, enquanto a Igreja se continua a degradar a olhos vistos.

Aires Pereira assegura que a autarquia está de pés e mãos atadas, já que não pode fazer obras num edifício que não lhe pertence. Lamenta ainda que haja uma lista enorme, com 78 edifícios que são património cultural português e que, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência, vão sofrer obras orçadas em 190 milhões de euros, embora a Póvoa, mais uma vez, tenha ficado de fora. A Câmara, frisa ainda o edil, está disponível para ajudar, mas o Estado tem que assumir as responsabilidades.

A Igreja Românica de Rates, construída no início do século XII, é monumento nacional desde 1910 e o mais importante exemplo do românico condal português. Conforme a Onda Viva já noticiou tem musgo a cobrir as paredes, árvores no telhado, chove lá dentro, há vitrais partidos e o pórtico principal está a desaparecer. Em 2019, a Direção-Regional da Cultura do Norte esteve em Rates a fazer o levantamento das patologias, mas garante que a igreja está sob a alçada da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a quem compete a sua manutenção e, por isso, nada pode fazer. Agora, o Tesouro diz o contrário.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

VianaCar

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