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Vilacondenses e poveiros testam “Ligue antes, salve vidas”

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, escolheu a Póvoa de Varzim e Vila do Conde para testar o novo projeto “Ligue antes, salve vidas”. A iniciativa, pioneira a nível nacional, tem como objetivo retirar do serviço de urgência do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde quase metade dos atendimentos não urgentes que surgem todos os dias. A ideia do projeto é que a porta de entrada no SNS passe a ser a linha telefónica Saúde 24 e, em casos não urgentes, o encaminhamento dos utentes seja para o médico de família, deixando a urgência para casos realmente graves. O diretor do SNS apresentou o projeto no âmbito das Jornadas Sociais Intermunicipais, dedicadas ao tema “Literacia em Saúde para Viver a Vida”.

“O projeto visa qualificar uma resposta ao doente agudo, mas não emergente, com o objetivo claro de criar alternativas mais seguras e com mais qualidade, dizendo onde pode e deve deslocar-se, de forma tranquila e já agendada. As pessoas podem ficar descansadas, porque sabem que vão ter uma consulta com o seu médico família, hoje ou amanhã e com hora marcada. Escusam de ir para uma sala de espera [nas urgências] e aguardar longas horas por uma resposta ao seu problema”.

Este projeto segue-se a outro, já implementado nos dois concelhos, que dava ao doente com pulseira verde e azul a possibilidade de obter por uma consulta programada no médico de família com dia e hora marcada. Como não resultou, agora torna-se obrigatório, dado que não será atendido na urgência hospitalar mas sim orientado para o local certo com uma data e hora marcada. E para que todos possam confiar no projeto, figuras locais (como a peixeira Maria Dinis, a modelo Telma Madeira, a atleta Catarina Monteiro, o bombeiro Rogério Pereira e o jornalista João Ricardo Pateiro) são as caras e as vozes da campanha.

Fernando Araújo apontou “um conjunto de circunstâncias interessantes para testar o modelo” nestes dois municípios nortenhos e não poupou elogios ao Agrupamento de Centros de Saúde liderado por Judite Neves, que passa a ter uma maior preponderância na resposta aos problemas da população: “são localidades com um conjunto de parceiros únicos, desde as autarquias, às farmácias, hospitais e Unidades de Saúde Familiar (USF). Nestas duas localidades temos 50% de doentes triados [no serviço de urgência] com cor azul, verde e branca, de doentes, menos urgentes. Mas também há um contexto diferente de outros locais, com médicos de família para todos os utentes e unidades de saúde familiares, quase todas, de modelo B”.

O objetivo “é alargar progressivamente o projeto a todo o país”, estando em avaliação nas próximas quatro semanas.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

VianaCar

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