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Póvoa volta a ‘acorrentar-se’ com a escrita em fevereiro

A Póvoa de Varzim vai acolher, entre 14 e 18 de fevereiro, a 24ª edição do Correntes d’Escritas. O evento vai trazer até cá cerca de uma centena de escritores de 15 nacionalidades de expressão ibérica, sendo 18 os escritores que se estreiam. O festival literário foi apresentado pelo presidente da Câmara no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Aires Pereira começou por fazer votos para que seja mais um sucesso, não tendo deixado de recordar o importante papel no evento de Luís Diamantino, ausente devido a doença, a quem reiterou os desejos de rápida recuperação.

Ao todo serão realizadas 10 mesas na Sala Principal do Cine-Teatro Garrett e no dia 20 haverá uma extra no Instituto Cervantes em Lisboa. Todas as mesas têm como tema versos de poemas de Ana Luísa Amaral, que era uma presença assídua e faleceu no final do ano passado. Sendo um ano de regresso à normalidade, devido ao fim das restrições relacionadas com a Covid-19, são esperadas as habituais enchentes no regresso ao velho modelo de organização, mas Aires Pereira lembrou que em 2025 já estará pronto o Póvoa Arena para eventualmente acomodar mais público.

Nesta edição será homenageado Manuel Rui, escritor angolano de 81 anos a quem é dedicada a 22ª edição da Revista Correntes d’Escritas, sendo uma figura incontornável do encontro desde o arranque. O lançamento decorrerá na Cerimónia de Abertura, a 15 de fevereiro, no Casino, onde é feito o anúncio dos vencedores dos prémios literários Casino da Póvoa (que tem 11 livros de poesia finalistas); Correntes d’ Escritas/Papelaria Locus (para jovens dos 15 aos 18 anos); Luís Sepúlveda (para alunos do 4º ano) e Fundação Dr. Luís Rainha/Correntes d’ Escritas (com temática poveira). Neste mesmo dia, no Garrett, terá lugar a Conferência de Abertura, que será proferida por Manuel Sobrinho Simões, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, subordinada ao tema “Ciência e Cultura”.

Entre os 37 livros que serão lançados, destaque para as edições municipais ‘D’ Escritas 1 Dia II’, que resulta da residência realizada por 16 autores em diferentes espaços da cidade em 2020, e ‘Casa Vazia’, que conta a experiência de 8 autores que estiveram confinados em 2021. A organização faz também questão que as Correntes Itinerantes continuem a percorrer várias freguesias do concelho e marquem presença nas escolas com os mais jovens, destaca Aires Pereira.

Sendo o Correntes d’Escritas uma verdadeira festa do livro, a entrada continua a ser livre em todas as iniciativas que integram o programa, sendo esperadas muitas pessoas de todo o país e até do estrangeiro que aqui passarão a semana lado a lado com os escritores. Destaque final para a ligação ao cinema através da sessão Octopus do dia 16 com o filme ‘Campo de Sangue’ e o arranque do certame com as ‘Vozes transeuntes nas ruas da poesia’ nos dias 13 e 14.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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