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Menina desaparecida estava 'sequestrada'. Mãe e padrasto detidos

A Polícia Judiciária (PJ) revela que deteve, “em flagrante delito”, a mãe e o padrasto que manteriam “sequestrada” uma jovem com 15 anos de idade que, segundo diversos órgãos de comunicação social, estava à guarda do Instituto Madre Matilde (IMM), na Póvoa de Varzim. O comunicado da PJ refere que a adolescente “se encontrava acolhida, por decisão judicial, em Vila do Conde”, mas tudo indica que a essa referência geográfica se trate de um lapso da polícia.É que o resto da história descrita bate toda certa coma situação da menina colocada na entidade poveira e que desapareceu sem deixar rasto em finais de setembro.

Adianta a PJ que a menina foi “induzida”, pelo casal, a fugir da instituição e foi mantida “a partir dessa data privada da sua liberdade de locomoção, sem poder sair, ir à escola ou conviver com outras pessoas”.

Na altura do desaparecimento, o Instituto Madre Matilde apresentou queixa na PSP e posteriormente o caso transitou para a PJ que há oito dias foi para o terreno investigar. Enquanto isso, a mulher com 31 anos de idade e o seu companheiro com 33 “desdobraram-se no envio de e-mails para as mais diversas entidades e entrevistas à comunicação social alegando sempre desconhecer o seu paradeiro”, conta a polícia.

Refira-se que, segundo declaração da mãe à CNN  Portugal foi a própria progenitora a pedir a intervenção do tribunal por causa do comportamento da jovem, mas esta acabou por confidenciar que tinha sido alvo de abusos sexuais por parte do padrasto. O homem sempre negou tal facto e  mãe também não acreditou, mas a autoridade judiciária proibiu o padastro de contactar a menor. Todavia, o homem não se conformou com a restrição judicial e, segundo a CNN, passou a aparecer junto à escola da enteada e da instituição poveiro tendo inclusive sido alvo, por parte de uma funcionária do IMM, de uma queixa de perseguição. O indivíduo também terá enviado mensagens escritas à jovem e às suas amigas.  

Ontem os agentes da PJ encontraram o padrasto a sair do anexo que o casal arrendara – na freguesia de Ruivães, segundo a rádio Cidade Hoje, de Famalicão - para conservar a menina em cativeiro e foi-lhe dada ordem de prisão assim como à mãe da adolescente.

Os dois vão ser presentes ao tribunal para serem aplicadas medidas e "menor foi entregue à Instituição onde se encontrava institucionalizada".

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de coação já que estão indiciados pela prática do crime de sequestro agravado.

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