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Praga no rio Ave: Câmara teme efeito na saúde pública

A praga de "Jacintos-de-água" (nome cientifico: "Eichhornia crassipes") que assola o rio Ave (na imagem da esquerda) está a preocupar e muito a Câmara Municipal de Vila do Conde que receia os efeitos para a população de uma eventual “proliferação de insetos vetores de doenças”, mas também dos “prejuízos para o turismo” com o “arrastamento” para as praias do concelho de “quantidades significativas” de espécies degradadas. Isto para além de “potenciais impactos na navegação, no uso recreativo e na prática de desportos aquáticos, na qualidade da água e nos ecossistemas”.

A autarquia esclarece que já alertou a “entidade responsável” a Administração da Região Hidrográfica do Norte, um organismo desconcentrado da  Agência Portuguesa da Ambiente que, conjuntamente com a  “Unidade de Saúde Pública do ACES Agrupamento dos Centros de Saúde da Póvoa / Vila do Conde”, tem realizado análises às águas da zona de recreio e lde azer de Azurara, no Rio Ave, através do Programa de Vigilância das Águas Balneares e do Programa Bandeira Azul.

E, recorda o município, os jacintos-de-águia estão numa lista da União Europeia de plantas que "causam grande preocupação" por se tratarem de uma espécie invasora (é originária da América do Sul), logo sem um adequado equilíbrio com predadores.

Ora em Barcelos, por causa do mesmo problema, mas no rio Cávado, a Câmara Municipal diz que já foi iniciada a remoção das plantas (foto da esquerda) e inclusive o presidente da autarquia foi apreciar os trabalhos junto à ponte medieval. Mário Constantino aproveitou para dizer que lamentava o facto de, nos últimos três anos, não ter sido feito a limpeza do curso de água o que levou à “disseminação e acumulação” da infestante.

A autarquia diz que ,"recentemente", contratou uma empresa “que, durante um ano, tem como principal missão remover, limpar e depois conter as principais espécies infestantes das águas do rio, entre Areias de Vilar e Perelhal”. Os trabalhos atuais “abrangem o leito e as margens” desde a Barragem da Penide até ao limite jusante do concelho, ou seja com Esposende.

A operação acrescenta o município, “mereceu aprovação prévia do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas” e “a limpeza de vegetação será a estritamente necessária para se proceder à remoção das plantas invasoras aquáticas que permaneçam retidas nas margens” Será, no entanto, aproveitada a oportunidade para remover “todo o tipo de resíduos, incluindo os de grandes dimensões, como os 'monstros domésticos'”.

Os trabalhos “vão decorrer ao longo de um ano” e vão suscitar “a realização de ações de sensibilização ambiental” essencialmente “dirigidas às escolas” para informar e formar os alunos sobre o “problema das invasoras”, mas está também prevista a realização até 24 passeios interpretativos de barco "para dar a conhecer o trabalho desenvolvido para melhorar o estado do ecossistema ribeirinho”.

Saiba mais sobre a invasão da planta aqui

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