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Associação quer Tourada dia 23, mas autarquia não a licencia

A Câmara de Vila do Conde indeferiu o pedido de licença de espetáculo itinerante que é uma peça do processo burocrático inerente à tourada que a Associação Juntos pelo Mundo Rural pretende levar a efeito, no próximo dia 23, numa praça temporária montada na freguesia de Ferreiró.

O jornal ‘O Público’ revela a que o presidente da autarquia justificou a decisão com o facto de “não existirem condições para o evento se realizar, por “violar normas legais e regulamentares” que se prendem com a localização da montagem da praça de touros”. Os serviços camarários entenderam que as “vias envolventes” de acesso ao local de estacionamento não têm largura suficiente ou para a passagem de veículos de emergência, explicou Vítor Costa. Sobre o próprio espetáculo em si, o edil foi claro: “Em Vila do Conde não existe memória da existência deste tipo de espetáculos. Aqui não existe tradição tauromáquica. Para acompanhar os nossos princípios e valores não queremos touradas”, referiu ao jornal.

Na semana passada, o autarca tinha dado 48 horas para a retirada da praça, mas tal não aconteceu e nem vai acontecer até ao dia da corrida, garantiu Luís Gusmão, da organização, para quem o recinto foi montado “num terreno rústico e a sua segurança foi atestado por um técnico” e, por outro lado, “em nenhum momento a lei diz que o pedido de licenciamento tem de ser feito antes, durante ou após o evento”. O promotor diz que possui a licença do Inspeção-Geral das Atividades Culturais, algo que acredita ser suficiente para avançar para o espetáculo com a tourada, mas admite avançar para os tribunais contra a decisão municipal. Até porque, quando falou com o jornal, a lotação estava prestes a esgotar.

Refira-se que duas associações anti-tourada – a Ação Direta e a Vila do Conde Animal Save – marcaram um protesto para esse dia 23, mas outras instituições semelhantes já manifestaram a intenção de engrossar a contestação.

VianaCar

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