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Horticultores protestam e exigem preços justos ao produtor

A freguesia da Estela foi esta segunda-feira de manhã palco de uma concentração em defesa do futuro da horticultura. Os produtores pretendem sensibilizar a sociedade e a grande distribuição para as dificuldades do setor, apelando à prática de preços justos a quem produz. O protesto saiu à rua com várias dezenas de horticultores a manifestarem também queixas relativas à escalada de aumentos nos custos com combustíveis e nos adubos, na ordem dos 300 por cento no caso dos fertilizantes, algo que também tem agravado a situação.

Os produtores reiteraram que não querem subsídios, mas uma maior justiça na distribuição do valor que é apresentado ao consumidor final, baixando a margem de lucro do intermediário e garantindo um preço mínimo a quem trabalha na horticultura. Nesta ação participaram muitos associados da Horpozim, liderada por Manuel António Silva, que deu exemplos de produtos que são comprados pela população a preços que chegam a ser dez vezes mais elevados do que foram pagos a quem produziu.

Na região existem milhares de pessoas que dependem da horticultura e que afirmam estar dispostas a intensificar as ações de protesto nos próximos dias face à situação de rutura que estão a viver. Dizendo estar cansados de pagar para trabalhar, alguns já abandonaram ou ponderam abandonar certos cultivos, tendo entretanto endereçado uma missiva à ministra da Agricultura a solicitar medidas que evitem o colapso.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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