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Fazer do sargaço um negócio. Ideia avança na Póvoa e em V. Conde

Os municípios da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde estão a apoiar uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra que, com recurso a fundos de União Europeia, tem em curso um projeto que “visa desenvolver produtos inovadores a partir do sargaço”. Segundo a informação emitida pela universidade, o ValSar- assim se chama o projeto – deverá descobrir novos componentes para a agricultura e “avaliar a potencial aplicação de compostos bioativos do sargaço no setor farmacêutico e de cosmética”. Cristina Rocha, coordenadora do projeto especificou que, no caso do tratamento da terra para cultivo, a ideia é “desenvolver  um substrato corretivo fertilizante, misturando o sargaço com ‘resíduos sólidos urbanos para tentar obter um composto mais rico”.  As algas fornecerão, por exemplo, o iodo que é difícil de encontrar nos bioresíduos.

No campo da farmacêutica e comética, o foco é aprofundar o efeito na pele do sargaço, com a eventual criação de produtos com características “propriedades anti-inflamatórias , oxidantes , regeneradoras, antienvelhecimento e antialérgicas”, conta a investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

O ValSar já tem um ano de trabalho de campo e Cristina Rocha não tem dúvida que representa “um elevado interesse coletivo, uma vez que visa promover a valorização de uma atividade económico-social e de um recurso natural da região Litoral Norte, centrando-se na inovação de produtos e biotecnologia e criando condições para o empreendedorismo”. Além do apoio das duas Câmaras Municipais, o projeto conta com a colaboração da  Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR).

VianaCar

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