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Veste camisola poveira para receber prémio nacional

Foi com a camisola poveira envergada que Carlos Gomes de Sá, diretor do Agrupamento das Escolas de Aver-o-Mar – gere estabelecimento na vila e também em Navais e Estela – recebeu o Prémios de  Cooperação e Solidariedade António Sérgio 2001 destinado aos trabalhos de âmbito escolar. No Teatro Thalis, em Lisboa, o responsável pelo agrupamento, acompanhado pela assistente social Andreia Teixeira – a coordenadora do projeto distinguido -   aproveitou a ocasião para sintetizar os contornos da iniciativa, intitulada "Aver-o-Mar para o mundo", e, antes de tudo, por que é que ele surgiu (ouça no noticiário)

Carlos Gomes de Sá contou que o projeto procurou saber as características das famílias emigrantes, por exemplo o seu acesso aos serviços como o da saúde. Houve formação de línguas estrangeiras para todos os funcionários e oficinas de aprendizagem (matérias ligadas à migração) para professores. O “Aver-o-Mar para o mundo” contemplou ainda a interacção com famílias de etnia cigana e realizaram-se, para pais, cursos de iniciação à língua portuguesa. Para os alunos houve oficinas de teatro, música e até de culinária e também ocorreram as "semanas de interculturalidade" que, por causa da pandemia, tiveram de ser efetuadas através da Internet, mas permitiram a ligação a comunidades de Cuba, Cabo Verde, Brasil, Angola, entre outros países.Os estudantes receberam também “kits” de acolhimento e o “site” do agrupamento está já multilingue tal como acontece outros programas para os pais e na biblioteca escola.  

Carlos Gomes de Sá explicou o motivo de, na cerimónia no passado dia quatro, ter vestido “camisola poveira” (escute no noticiário). A obtenção do Prémio de Cooperação e Solidariedade António Sérgio garantiu ao Agrupamento de Aver-o-Mar três mil euros e um curso de formação financeira. Na cerimónia esteve Ana Mendes Godinho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. O projeto “Aver-o-Mundo” será apresentado no próximo dia 23 de fevereiro, no V Fórum Anual para a Diversidade e Inclusão, e, um mês depois, na Universidade Católica Portuguesa, no XII Ciclo de Seminários com o mote “Interculturalidade: qualidade educativa, coesão social e cidadania”.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

VianaCar

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