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Vítor Costa acusa anterior executivo de deixar buraco financeiro

O presidente da Câmara de Vila do Conde anunciou que uma empresa externa vai passar a pente fino as contas e a atividade municipal do anterior executivo já que foi encontrado um “buraco” financeiro de sete milhões de euros. A expressão foi utilizada por Vítor Costa em conferência de imprensa, durante a qual disse ter ficado muito surpreendido e triste com o atual estado financeiro da autarquia. O autarca diz que a antecessora, Elisa Ferraz, assinou orçamentos “empolados” nos quais diversas obras foram contratualizadas sem haver todo o dinheiro garantido, nomeadamente fundos comunitários. Um “truque”, considerou Vítor Costa. O presidente da Câmara exemplificou o sucedido com as obras na rede viária, do interface do Metro, da recuperação Bairro do Farol e da atrasada construção do Centro Comunitário das Caxinas.

Apesar de ter herdado 35 empréstimos para pagar, no valor global de 30 milhões de euros, o atual executivo decidiu contrair mais um, no montante global de 5 milhões, pagando 30 mil euros por mês, para assumir os compromissos do anterior executivo. Por outro lado, Vítor Costa garante que vai tentar captar mais fundos comunitários. O edil disse agora compreender por que é que a anterior gestão não passou o serviço para os novos eleitos, acusando-a ainda de ter realizado obras e mais obras com fins eleitoralistas que agora estão a ser descobertos. Outro exemplo: o atual presidente diz ter sido surpreendido com a reclamação da obra paisagística na cobertura dos armazéns que estão a ser construídos no interior do porto de pesca. “Basta! Descubra-se de uma vez por todas o que se passa”, queixa-se Vítor Costa, que prometeu tornar público o relatório da auditoria, na qual vai constar a apreciação de outra situação que condena: a criação daquilo que chamou de “câmara paralela” pela gestão de Elisa Ferraz na avultada aquisição de bens e de prepstação de serviços.

Com dificuldades financeiras evidentes, Vítor Costa disse que investimentos nas freguesias vão ser adiados para 2023 e em 2022 avançam outras promessas eleitorais como a habitação social, o cheque-educação e a diminuição do preço da água. A atual gestão socialista vai também resistir ao aumento de impostos, “pelo contrário”, sendo de destacar a dimuição da derrama para as pequenas empresas. O autarca mostrou confiança que em 2022 será possível colocar “limpar as finanças” e recuperar a normalidade para um 2023 de “grande investimento”. O orçamento para o próximo ano será de 64 milhões de euros e contempla o avanço da obra de construção do novo centro de saúde que substituirá o atual em funcionamento em instalações provisória nas Caxinas.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

VianaCar

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