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A reabertura vista pelos comerciantes

O pequeno comércio, com porta para a rua e menos de 200 metros quadrados, abriu recentemente portas e alguns comerciantes partilharam com a Onda Viva as dificuldades ultrapassadas e as perspetivas desta nova reabertura.

Sílvia Ramos, proprietária da loja ‘Trevo’ em Beiriz, abriu a loja de vestuário e acessórios com a esperança de dias melhores: “Eu sou uma pessoa muito otimista. Eu acredito sempre, e apesar disto tudo eu não me posso queixar porque consigo pagar as contas tanto da loja como pessoais. Eu acho que se conseguirmos pagar as nossas contas já temos muito a agradecer, mas que se nota que houve uma quebra muito grande com isto da pandemia, nota-se.” A proprietária realçou também a importância da internet e aproveitou este último confinamento para criar um site, uma vez que gerir o negócio online é uma mais valia nesta altura. 

Numa área distinta está Rui Santos, proprietário da oficina ‘Rupneus’ em Balasar, que depende imenso do centro de inspeções e da circulação dos carros, mas acredita que o futuro pode ser promissor: “As perspetivas são relativamente boas porque nós no verão passado trabalhamos bem. As pessoas não iam para fora do país por causa da pandemia então viajavam no seu carro para as férias e isso ajudou bastante. Depois é o medo de andar nos transportes públicos o que também coloca os carros a andar. Isso tudo ajuda para que o nosso trabalho não seja prejudicado. No verão, se isto continuar, como não se pode viajar de avião vão de carro e de carro vão bem equipados. Há sempre alguém que beneficia no meio disto tudo.” Apesar de tudo confessa que neste último confinamento o teletrabalho prejudicou alguns serviços, mas agora que os centros abriram e as escolas também acredita ser possível equilibrar o negócio.  

“Nem todo o comércio parou”, afirma José Cancela, dono da empresa ‘Comércio de tintas, Lda’, que sentiu uma maior preocupação no primeiro confinamento por ser novidade, mas assume que neste já estava tudo mais organizado: “Foi simplesmente dar continuidade ao trabalho e à prevenção que tínhamos tido no primeiro confinamento e é isso que nós fizemos sempre. Andamos confinados e com cuidado na nossa loja em termos de higiene. O nosso trabalho ramo de vender tinta a oficina não fecharam nós tivemos de dar seguimento ao nosso trabalho sempre com mascara e com todos os cuidados e andamos sempre a trabalhar. Felizmente não tivemos nenhum caso.” 

Por outro lado, Joaquim Cancela, proprietário do mini-mercado ‘Cancela’, conta que o primeiro confinamento foi muito bom a nível de vendas, contudo este segundo não foi tão feliz: “Trabalhou-se maravilhosamente. Aquilo foi um trabalhar de dois meses que não dava para trabalhar mais. Agora neste confinamento as pessoas perderam o medo e não aparecem. Compram algumas coisas aqui, mas o grosso vão buscar a outros lados.” Com o espaço aberto há 41 anos acredita que o pior pode estar para acontecer: “O comércio pequeno vai todo estourar. No meu caso a loja é minha, não pago renda, não tenho empregados, sou só eu e a minha esposa e para nós, já dizia o meu falecido pai, dá sempre para a sopa. Agora acredito que as pessoas que têm loja e funcionários para pagar se vejam mesmo à nora.”

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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