Nem a pandemia impediu o Centro Hospitalar de aumentar eficiência
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em terça-feira, 16 março 2021 17:40
- Escrito por: João Ricardo
Só o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila Conde e o Hospital Espírito Santo de Évora viram aumentar os seus níveis de eficiência durante 2020, segundo um estudo da Coimbra Business School que foi hoje tornado público. "A generalidade dos hospitais apresentou em 2020 índices negativos de produtividade e de evolução tecnológica face a 2019, evidenciando o impacto maciço que a pandemia teve no seu desempenho", salienta em declarações à Agência Lusa, Maria do Castelo Gouveia, uma das autoras do estudo que avaliou o impacto da pandemia da covid-19 na eficiência de 37 hospitais EPE [entidade pública empresarial], entre janeiro de 2019 e novembro 2020, recorrendo aos dados disponibilizados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Uma das conclusões da investigação é que "os hospitais do grande Porto são os que apresentam maior capacidade de prestação de serviços e os que tiram melhor partido dos seus recursos".
"Com a contratação de mais mão-de-obra qualificada, os hospitais do Norte do país conseguiram prestar mais serviços, nomeadamente na condução de consultas externas, urgências e altas hospitalares", afirma Carla Henriques, outra professora que assina o estudo, salientando que "aumentar as altas clínicas nem sempre é equivalente a uma melhor performance", pois, em alguns hospitais, "esta situação pode ter servido apenas para libertar recursos". As docentes basearam-se no número de médicos, enfermeiros e pessoal operacional em cada unidade de saúde, no número de camas, consultas externas, altas e urgências para identificar os fatores que levaram à evolução dos níveis de eficiência de cada hospital.
E registaram que à exceção do Hospital Espírito Santo de Évora e do Hospital Santa Maria Maior, de Barcelos, a grande generalidade das unidades hospitalares apresentou níveis negativos de produtividade já que, "com o aparecimento da pandemia, a redução de atividades como consultas externas, não urgentes e ambulatório provocou uma subutilização de recursos e, consequentemente, o equivalente a um retrocesso tecnológico", concluiu Carla Henriques.
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