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Água cara em V. Conde? Eis o que diz a Indaqua...

A Indaqua, empresa que detém a concessão das redes de água e saneamento em Vila do Conde, diz que o preço da água só não é mais baixo por causa do custo imposto pela fornecedora Águas do Norte, por haver cinco mil alojamentos “com acesso, mas sem ligação por opção própria” ao serviço e, finalmente, por uma característica geográfica: a densidade populacional que, por exemplo, ali ao lado em Matosinhos é mais elevada o que reduz o custo do investimento e da manutenção das infraestruturas públicas. A fatura da água mais baixa no Grande Porto é, aliás, de uma concessão – a Indaqua Matosinhos – acrescenta o comunicado da empresa lançado para divulgar um esclarecimento após as declarações do presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Vila do Conde. Recorde-se que Vítor Costa que será também o candidato do PS à presidência da Câmara nas próximas eleições autátquicas, afirmou que se for eleito  uma das suas prioridades será resgatar as redes para a esfera municipal já que, no seu entender, os vila-condenses estão a pagar faturas de água e saneamento demasiado elevados. O dirigente socialista criticou também o facto de alguns investimentos estarem de fora do contrato em vigor, obrigando o município a recorrer a fundos próprios. Ora no comunicado enviado à Rádio Onda Viva, a Indaqua começa por garantir que está a cumprir “ escrupulosamente, todas as suas obrigações contratuais incluindo as relativas ao plano de investimentos, tendo já investido mais de 55 Milhões de euros na extensão de 214 km de redes de água e 176 km de saneamento. A taxa de cobertura de água situa-se agora nos 97,6% e a do saneamento nos 90,7%, tendo já sido atingidas as taxas de cobertura previstas contratualmente para o final da concessão – 2048”, lê-se no documento. A empresa assevera que “a Câmara Municipal de Vila do Conde não foi onerada, em momento algum, por investimentos cuja responsabilidade fosse da Indaqua Vila do Conde”, mas recorda que foi a autarquia em 2006 a transferir para a Águas do Norte “um conjunto de investimentos no tratamento de águas residuais “ que estava previsto na versão inicial do contrato. Esta alteração da Câmara de então “impôs custos adicionais muito superiores à redução do investimento, num saldo total para o período da concessão de 148 milhões de euros” e além disso a Águas do Norte atrasou-se “vários anos” houve obras que nem sequer foram realizadas como “é o caso do investimento previsto para as freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada”. Para a INDAQUA a “comparação tarifária entre municípios contribui para a desinformação dos vilacondenses” porque não levam em conta algumas diferenças. Mas curiosamente é isso também que faz no comunicado ao apresentar os dados com a concessão de Matosinhos.  Sobre o preço do sanemaneto diz que em Vila do Conde é “obrigada a pagar o tratamento das águas residuais à Águas do Norte, enquanto a INDAQUA Matosinhos assegura esse tratamento por meios próprios e por um custo 75 por cento inferior”. Por outro lado, a Águas do Norte fornece Vila do Conde por um preço 20 por cento superior ao que faz a Águas do Douro e Paiva que envia o líquido para Matosinhos.  E “esta diferença agravar-se-á, em 2021, na medida em que a Águas do Douro e Paiva irá implementar uma redução tarifária de 2,24%, enquanto a Águas do Norte fará um aumento 0,8%”, alerta a INDAQUA que considera sobre a falta de ligações qualifica a situação de “ ilegalidade e de injusta social, dado que os investimentos realizados acabam por não estar distribuídos, através da tarifa, pela totalidade da população que pode ter acesso ao serviço”.A finalizar a INDAQUA Vila do Conde diz lamentar “que o tema da água, um bem essencial para toda a população, continue a ser utilizado como arma política discutindo-se apenas o modelo de gestão”, mas, em contraponto “evitando-se discutir opções políticas passadas que, essas sim, justificam as tarifas praticadas”.

VianaCar

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