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Onda Viva na luta contra 'ato lesivo para a Democracia'

No fim de semana que aí vem vai começar oficialmente a campanha eleitoral para a Presidência da República e mais uma vez as rádios locais foram ignoradas para a distribuição de tempos de antena e respetivos pagamentos. No seguimento, aliás, do que tinha sucedido com a antecipação pelo Governo do pagamento de publicidade instituição. Já saíram as homologações das emissões pelo ministério da Administração Interna e já agora fique a saber que dos cofres estatais vão sair 397 mil euros para a RTP, mais de 783 mil para a SIC e um pouco mais de 577 nuil euros para a TVI.Mas há mais, naquilo que o Governo considera “estações de radiodifusão de âmbito nacional” o bolo está assim distribuído e, arredondando aos milhares, RDP (Antena 1) 63 mil euros, Rádio Comercial 211 mil, Rádio Renascença e RFM 287 mil. O dinheiro para a campanha chega ainda a outro patamar que um despacho do secretário de estado do Cinema e Audiovisual qualifica como “estações de âmbito regional” e onde estão a TSF que vai receber um pouco mais de 36 mil euros, a M80 com o mesmo valor e o Posto Emissor do Funchal, com 9 mil e 353 mil euros. A todos estes valores acresce o IVA.Quem não gosta nada de alheamento aos meios locais é a Associação Portuguesa de Radiodifusão da qual, por exemplo, a Onda Viva é associada. A APR e que, numa posição de protesto, solicita  que “sem prejuízo do respeito pelos seus ouvintes, todas as rádio locais portuguesas devem abster-se de acompanhar as atuais eleições presidenciais”.A APR considera que as rádios mais próximas das populações até tornaria a mensagem mais eficaz a um preço mais baixo. Mais: as rádios locais noticiam as atividades das candidaturas, realizam reportagens, entrevistas e debates e por aí fora. A generalidade dos políticos até reconhece a importância dos meios locais, mas depois só as rádios só têm direito a apoio estatal nas eleições autárquicas ou em referendos locais.  Ou seja, “são vergonhosamente discriminadas”, escreve o presidente da APR que acrescenta numa nota enviada aos órgãos de comunicação social que vou citar: “Perante o sistemático desprezo e a continuada discriminação das rádios locais, a sua resposta  não poderá ser diferente daquela que deram nas anteriores eleições europeias e legislativas:ignorar as eleições, excluindo depoimentos de todos os seus intervenientes e reportagens nos seus noticiários e não realizando entrevistas nem debates. As rádios locais são os meios que mais contribuem para a proximidade entre eleitores e eleitos, marginalizá-las de qualquer processo eleitoral é um acto lesivo para a Democracia”, refere José Faustino. O administrador único da Onda Viva, José Gomes Alves, informa que a rádio cumprirá o solicitado pela APR.

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