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Morreu artista multifacetado da Póvoa de Varzim

Morreu hoje o cantor poveiro e artista plástico Dulcídio Marques. Cido como era conhecido no meio poveiro. O velório que começa às 17h30 na Capela Mortuária da Igreja Matriz sendo o funeral realizado amanhã às 15h30. Pode saber mais pormenores e ver a imagem aqui. Segundo a sua biografia “nasceu na Póvoa de Varzim em 1932 no seio de uma família poveira – os Rio d’Ave – com fortes tradições culturais e profundamente cristã”.”Na Concha Azul, estabelecimento comercial da família à rua da Junqueira, desenvolveu as suas qualidades artísticas, muito cedo demonstradas nas suas brincadeiras de infância, fazendo-o antecipar a necessidade de um mundo mais vasto, o que o motiva, ainda jovem adulto, a sair para o Rio de Janeiro e no regresso a Portugal trabalhou em diversas várias litografias – Litografia do Minho, em Braga, Litografia Âmbar, Durão Rodrigues e Litografia Maia, no Porto – “onde se inicia e especializa nas artes gráficas, tendo produzido variadíssimos trabalhos de significativa divulgação e impacto.” “Mas será no seu espaço privado que produzirá muitas das obras que hoje mais identificam o seu trabalho, nomeadamente ao nível da pintura e iluminura e da arte aplicada e que motivaram, a partir de 1982, algumas exposições individuais e colectivas. Um dos trabalhos que mais caracteriza a sua obra é o pergaminho, presente no Vaticano, que serviu como petição ao Papa Paulo VI para a criação da Diocese de Viana do Castelo. Em 1997 mereceu o 1º Prémio na Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde, com um presépio em sargaço, hoje pertença da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim”, lê-se no mesmo documento. “O seu gosto pelas artes estende-se à música e à representação. Com quinze anos, e a convite do professor Alberto Marta, integra o Coral da Póvoa ligado à igreja Matriz. Mais tarde, a 19 de Março de 1952, fundou o coro da Capela Marta, dirigido por Antoninho Marta, confirmando as suas capacidades como cantor, frequentemente solista, um gosto que se inicia aos doze anos quando cantou pela primeira vez no salão de teatro do Casino. Integrou, ainda, o Orfeão da Póvoa de Varzim, e já no Porto, o coral Convivium Cantorum da Capela das Almas, e o Círculo Portuense de Ópera tendo participado nas óperas Carmen, La Traviata, Madame Butterfly e na cantata Carmina Burana, sendo figuras marcantes do seu percurso os maestros Manuel Ivo Cruz e Resende Dias. Mais tarde, grava músicas a solo, cantando a Póvoa de Varzim, através da edição de CD’s”. Teve ainda a oportunidade Na rádio, animou a equipa de “A Voz dos Ridículos”, programa dominical de grande sucesso nos anos oitenta. Foi também convidado a participar em inúmeros programas de televisão e da rádio, na RDP Antena 1, Rádio Renascença e Rádio Comercial. Segundo o site Cido.pt “convidado pela Alliance Française para dirigir e encenar o Festival Internacional de Canções do Mar e dos Marinheiros, no Rivoli, organiza um grupo com músicas e danças tradicionais a que deu o nome de “Póvoa do Mar”. Contou com as participações do grupo folclórico poveiro e de um coro dirigido por Adelino Mota, contracenando com o melhor grupo francês de canções de marinheiros “Cabestan””.

VianaCar

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