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PSD chumba suspensão de pagamento de estacionamento

Tal como se previa a sessão de ontem à noite não chegou para serem aprovados todos os pontos da ordem de trabalhos da sessão ordinária da Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim que, por causa disso, vai prosseguir na noite desta sexta-feira. Isto porque, como é sabido, às 23 horas e devido ao Estado de Emergência em vigor, há recolher obrigatório a partir das 23 horas.O Período Antes da Ordem do Dia que é destinado às iniciativas políticas foi bastante preenchido. Edgar Torrão, da bancada do PS, conseguiu que a assembleia poveira aprovasse uma moção de regozijo pela iniciativa de deputados socialistas no parlamento nacional que defendem a trasladação dos restos mortais do escritor Eça de Queirós, nascido na Póvoa, para o Panteão Nacional. A aprovação foi por unanimidade e aplaudida. Por sua vez, o  presidente da assembleia, Afonso Pinhão Ferreira, pediu com sucesso a manifestação de um voto de pesar pela morte do ensaísta Eduardo Lourenço e também passou uma iniciativa de João Ferreira, do PCP, que insta a câmara a regulamentar a atribuição de um complemento financeiro aos trabalhadores que lidam com perigosidade e insalubridade. A lei já existe há muito, mas o parlamento não fez o regulamento e agora atirou para os municípios essa responsabilidade. O que não passou foi a moção proposta por Cristiana Fernandes, do PS, que defendeu a suspensão da cobrança de estacionamento à superfície no primeiro semestre de 2021 para ajudar o comércio local e o combate à pandemia contra a COVID 19. Os socialistas ainda contaram com o apoio da CDU, Bloco de Esquerda e da representante do PAN - o CDS absteve-se -, mas a maioria absoluta do PSD reprovou a proposta tendo Miranda Coelho, da bancada social-democrata, apelidado a medida de “politiquice”. Neste período ficou ainda a saber-se, pela voz do social-democrata André Tavaraes Moreira, que o Plano Estratégico que está em auscultação pública foi desenvolvido por ele e pelos socialistas Miguel Pinto e Edgar Torrão, a convite do presidente da Câmara, Aires Pereira. A questão da demolição da Praça de Touros veio à baila na intervenção de Salazar Castelo Branco, do CDS, que defendeu que a intervenção fosse suspensa até às eleições autárquicas já que, no seu entender, o PSD não tinha colocado isso no seu programa que apresentou na campanha. No final da sessão, Aires Pereira mostrou à assembleia o programa que contém a intervenção e realçou que “não é por uma mentira ser dita muitas vezes que ela se torna verdade”. E em contra-ataque citou uma intervenção de Salazar Castelo Branco, numa sessão em 2018, em que o centrista argumentou que o CDS admitia que a Praça não tivesse mais corridas de touros quando fosse transformada num pavilhão multiusos. No período da Ordem do Dia, além de aspetos formais como a aprovação das atas, a informação do presidente da Câmara e dos gastos na luta contra a pandemia e mesmo o relatório de Revisores Oficiais de Contas que , como disse Margarida Silva, do PSD, traduz “a boa saúde financeira do município”; foram aprovadas por unanimidade duas situações concretas: a abertura do concurso para nova rua em Beiriz e também a celebração de um acordo que vai colocar um ponto final à desavença com a EDP sobre o que a Câmara tinha a pagar face ao diferencial aquando da tomada pela empresa, no final da década de oitenta do século passado, das estruturas municipais. A elétrica pedia 12 milhões, a Câmara vai pagar três e em 45 prestações o que foi considerado um bom acordo pela assembleia que o aprovou por unanimidade. Para o dia seguinte, sexta-feira, ficou reservado o prato principal, ou seja o debate sobre as Grandes Opções e Orçamento do Município para o próximo ano. O PSD votou naturalmente a favor enquanto PS, CDS e PAN abstiveram-se. CDU e Bloco de Esquerda votaram contra.   

 

VianaCar

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