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Tribunal suspende demolição da Praça de Touros

O Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto travou a demolição da Praça de Touros da Póvoa de Varzim. A decisão chega após ter sido interposta uma ação popular pela Patripove (Associação de Defesa e Consolidação do Património Poveiro). A contestação deu entrada no tribunal na passada sexta-feira e tem efeito suspensivo uma vez que se trata de um ato que estava já programado e, uma vez consumado, seria irreversível, independentemente de, entretanto, se provar ou não o fundamento.

Esta situação surge após a autarquia ter anunciado para esta quarta-feira, dia 2, o início da montagem do estaleiro da obra do Póvoa Arena, após ter recebido o aval do Tribunal de Contas, sendo que a demolição deveria começar daqui a duas semanas. O presidente Aires Pereira revelara no final da última reunião do executivo a expetativa de que a empreitada decorresse sem sobressaltos durante cerca de dois anos (prazo de execução de 24 meses). A obra, recorde-se, está avaliada numa verba que ronda os 9 milhões de euros, tendo sido adjudicada à empresa ABB (Grupo Alexandre Barbosa Borges).

Este novo espaço multiusos pretende substituir a Praça de Touros e terá capacidade para albergar mais de três mil pessoas, podendo acolher iniciativas culturais, desportivas e empresariais, além de estabelecimentos comerciais e de restauração, mas não contempla a realização de eventos de tauromaquia. No entanto, surge agora este contratempo por intermédio da Patripove, que evoca a defesa e preservação do património cultural poveiro, exigindo à autarquia a anulação do projeto da Póvoa Arena para dar lugar à requalificação e reconstrução do antigo edifício inaugurado em 1949. Aguarda-se agora a reação da Câmara da Póvoa de Varzim.

VianaCar

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