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Matou a mãe pelas costas com 7 facadas. E pediu pena mais leve

O Tribunal da Relação do Porto já se pronunciou sobre o recurso apresentado a um caso que chocou a Póvoa de Varzim: a morte à facada de uma mulher, septuagenária, pelo filho. Na primeira instância o homicida foi condenado a 19 anos de prisão e agora os juízes desembargadores rejeitaram os argumentos da defesa e mantiveram a decisão e a pena aplicada.O advogado Daniel Pereira Gonçalves, que representou o arguido, sustentou à agência Lusa que a condenação foi alicerçada numa prova “muito ténue” e que o crime dado como provado - homicídio qualificado – deveria ter sido homicídio privilegiado, que é menos penalizado.Para tal, a defesa invocou que subsistiram dúvidas sobre se o homicida terá agido durante um surto psicótico e assinalou que um teste de alcoolemia que lhe foi efetuado mais de seis horas depois do crime ainda acusava uma taxa de quase dois gramas por litro de sangue. Isto em 17 de unho de 2019. O homicida, de 45 anos, que foi dado como imputável, nunca falou em tribunal. Recorde-se que na 1.ª instância, no Tribunal de Matosinhos, ficou provado que o arguido matou a mãe, de 79 anos de idade, "com especial perversidade e dolo direto”, “Depois de ter ingerido bebidas alcoólicas em grande quantidade, o matricida suscitou novo conflito com a mãe, agredindo-a na testa e nas costas, acabando por golpeá-la sete vezes com uma faca de cozinha”, acusou o Ministério Público. Isto apesar do arguido depender economicamente da mãe que o instava a “que fosse trabalhar e a que não chegasse a casa alcoolizado, como costumava”.

VianaCar

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