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Surto de Legionella: eis as empresas suspeitas

Já vieram a público os nomes das duas empresas cujas torres de refrigeração podem estar na origem da emissão da bacéteria de Legionella que se espalhou pelos concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, infectando 75 pessoas das quais nove acabaram mesmo por morrer. Segundo o Jornal de Notícias a suspeita recai na conserveira Ramirez e na empresa de produtos lácteos Longa Vida, ambas localizadas no concelho matosinhense, e que há uma semana por precaução desligaram as torres. Hoje ou amanhã, adianta o JN, devem ser conhecidos os resultados das análises comparativas entre as estirpes das bactérias que saíam das torres com aquelas que provocaram o surto. Para isso o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge está a realizar testes também às secreções dos doentes.   Segundo a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, as duas torres de refrigeração foram encerradas já que as primeiras análises à legionela foram positivas. A Longa Vida que pertence ao grupo Nestlé emitiu um comunicado em que reconhece que "cumprindo as indicações da Autoridade de Saúde e na sua presença, a título preventivo, a Longa Vida desligou de imediato as suas torres de refrigeração" e esclarece que está a colaborar com a Autoridade de Saúde para que "a situação possa ser rapidamente. Isto apesar da empresa garantir que faz "todos os controlos exigidos por lei às suas torres" ". A Ramirez também confirmou ao JN que teve de desligar uma torre de refrigeração por indicação da Autoridade de Saúde. A ARS recusou divulgar quais as torres desativadas, mas o JN sabia que, analisada a proveniência dos casos e os ventos, as inspeções se concentraram na União de Freguesias Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos. Recorde-se que a a ARS tinha descartado a hipótese de o surto estar relacionado com a água para consumo, mas explicara que a dispersão geográfica dos casos era "compatível com uma fonte ambiental"potenciada "pelas alterações climáticas da depressão Bárbara", que assolou Portugal a 19 e 20 de outubro. Lembre-se ainda que o Ministério Público abriu um inquérito ao caso que, comparando com o que aconteceu em Vila Franca de Xira em 2014, pode levar a uma intervenção da Justiça no apuramento das responsabilidades  

VianaCar

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