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Câmara não aumenta preços, mas quer fazer obras. Logo...

Já se sabe como é que a Câmara da Póvoa de Varzim vai conseguir arranjar dinheiro para que em 2021 não aplique qualquer aumento nos preços das taxas de fornecimento de água, recolha de resíduos, tratamento de saneamento e no IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis.Também não será lançada uma derrama sobre os lucros da empresa e a fatia do IRS do qual a autarquia abre mão para os munícipes voltará a suceder. Resumindo: aumentos zero, mas para isso vai ter de ocorrer uma ginástica financeira cujos contornos o presidente explicou ontem, com detalhe, no final da reunião do executivo. Mas Aires Pereira começou por reafirmar a boa nova para a carteira dos poveiros: todas as taxas do município não vão ter agravamento num 2021 que terá muito reflexo negativo no tecido económico por causa da pandemia de COVID 19. O ano é também factualmente de eleições autárquicas só que a política de alívio da carga fiscal sobre os poveiros é algo que já vem detrás, independentemente do calendário eleitoral, vincou o autarca (ouça tudo no noticiário). Os agravamentos que vão ser praticados pelos fornecedores dos sistemas de água e tratamento de lixos, por exemplo, ou mesmo, caso vá para a frente a duplicação do valor da taxa dos resíduos imposta pelo Governo; são despesas que a Câmara vai assumir, não repercutindo nas faturas nos poveiros. Para cobrir tudo isso a Câmara precisa de ter as suas verbas disponíveis, nomeadamente aqueles montantes que foram afetados a obras que, da mesma forma, a autarquia não quer deixar de fazer já que pode beneficiar de uma benesse da Europa. O aproveitamento dos fundos comunitários tem sido reduzido no Norte (38 por cento) e há uma oportunidade de ouro para os concelhos que têm projetos prontos para serem executados (no caso da Póvoa, as obras nas escolas e o prolongamento da via B, por exemplo) ou já em marcha, de verem aumentada a comparticipação já que Portugal não está nada interessado em devolver dinheiro a Bruxelas por falta de intervenções no terreno.   Neste cenário, o executivo poveiro não hesitou e ontem aprovou uma ida à banca para ter oito milhões e 200 mil euros para obras que iam ser pagas somente pelos cofres autárquicos, libertando as suas verbas para suportarem a falta de aumentos para os poveiros e os acréscimos para os fornecedores. A contração do empréstimo foi aprovada pela oposição à maioria PSD e Miguel Fernandes que esteve na reunião com o outro elemento do PS, José Milhazes, justificou a votação positiva com o facto de estarem em causa empreitadas que foram aprovadas pelo Partido Socialista.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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