Se o vírus entra na pesca 'infeta tudo'
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em sexta-feira, 03 abril 2020 08:21
- Escrito por: Ângelo Marques
Se for avante a paragem da frota somente das 22 horas de sexta-feira até à mesma hora de domingo (na prática são dois dias), então o Governo que se prepare para a contestação dos pescadores que entendem que, no mínimo, metade dos barcos devia parar com os devidos apoios. É isso que se retira também da informação de hoje do Jornal de Notícias que confirma a sugestão de tal paragem feita pelo ministério do Mar às organizações do produtor. Mas Carlos Cruz, presidente Organização de Produtores de Pesca Artesanal (APROPESCA), sediada na Póvoa de Varzim, adianta que os representantes dos armadores fizeram uma contraproposta - começar a paragem à quinta-feira -, mas o secretário de estado José Apolinário disse ao jornal que depois de ouvir todas as sugestões deve mesmo avançar a acostagem forçada à sexta-feira. Quanto aos apoios o Governante diz que a Comissão Europeia abriu a porta à possibilidade de serem canalizadas verbas para a cessão temporária, tendo em conta a pandemia de COVID 19. Ainda assim, os homens do mar estão descontentes do cenário que se antevê já que estão muitos barcos no mar para a quantidade de procura nos mercados (a restauração parou e as exportações para Espanha são residuais), o que faz descer o preço de peixe na lota. Manuel Marques, armador e mestre da embarcação “Silva Marques” exemplifica com o preço do rodovalho que vendia a 12,13 euros e a gora não passa dos cinco. Com todos os gastos e os preços tão em baixo, os dez tripulantes estão a tirar ordenados de 300 ou 400 euros. Por outro lado, existe o medo de contágio da doença e só das Caxinas, Vila do Conde, são 150 barcos e 3500 pescadores que trabalham de norte a sul do país e contactam uns com os outros. Se o vírus entrar na pesca “infeta tudo”, alerta o armador
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